Mensagens obtidas pela Polícia Civil
Durante a abordagem, Renê Júnior enviou mensagens de texto e fez uma chamada de voz para um coronel reformado da Polícia Militar (PM). Sem saber como lidar com a situação, o homem buscava ajuda.
Em uma das mensagens, que a Itatiaia obteve acesso, Renê mente para o coronel, se afastando da cena do crime.
“Não estava no local. Nem imagino onde é o (bairro) Vista Alegre”. A mensagem original possui vários erros de digitação.
Posteriormente, foi comprovado que Renê foi o autor do disparo que matou Laudemir. Além disso, ele tomou uma rota diferente da que costumava pegar para ir trabalhar voluntariamente, seguindo o GPS de seu carro, um BYD de luxo, para fugir do trânsito.
Renê Júnior pediu ajuda a coronel
Renê Júnior, que foi indiciado por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e por impossibilitar a defesa da vítima —, além de ameaça e porte ilegal de arma, pediu ajuda ao coronel.
“Amigo, você pode me ajudar?”. Renê explicou: “Estou cercado de PM, estão me acusando de homicídio. Estão falando que cometi um homicídio”, escreveu.
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O coronel reformado pergunta se pode falar com o tenente responsável pela ocorrência e, em seguida, o aplicativo registra uma ligação de áudio de cerca de dois minutos, sugerindo que a conversa ocorreu.
“Fique calmo. Pelo que entendi, estão averiguando. Muito inicial. Solicitei cautela na abordagem dos fatos. Me dê notícias”, escreveu o coronel, que pergunta se Renê estava com a esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, indiciado pela Polícia Civil pelo crime de porte ilegal de arma. “Está, sim”.
“Eles querem me conduzir para delegacia”, escreveu o assassino. “É o procedimento, pois a Polícia Civil que irá apurar”, respondeu o militar, que tentou acalmar Renê, dizendo que tudo seria esclarecido.
O crime
A vítima trabalhava na coleta de lixo quando Renê Júnior, que dirigia um BYD de cor cinza, que seguia no sentido contrário, se irritou, alegando que o veículo atrapalhava o trânsito.
Armado, Renê apontou a arma para a motorista do caminhão e ameaçou atirar no rosto dela. Ele seguiu, passou pelo caminhão, desceu do carro com a arma em punho, deixou o carregador cair, o recolocou e atirou contra o gari.
A bala atingiu a região das costelas do lado direito, atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. Renê foi preso horas depois, ao chegar à academia.
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