Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos,
Na manhã desta segunda-feira (25), a Justiça havia recebido procuração que nomeava Bruno Silva Rodrigues como defensor de Renê,
Rodrigues, que é do Rio de Janeiro, substituiria
Em contato com a Itatiaia, Dracon Cavalcante se disse surpreso com a mudança e que isso o fez ir até o Presídio de Caeté para confrontar Renê sobre o assunto. Chegando lá, o homem teria voltado atrás e dito que sua ideia era que Dracon e Bruno trabalhassem juntos em sua defesa.
O advogado então pediu para que Nogueira Júnior escrevesse uma carta de próprio punho manifestando o interesse de continuar sendo defendido por ele.
A carta de Renê Júnior
Veja, na íntegra, o que Renê escreveu e, abaixo, confira uma foto da carta:
“Eu, Renê da Silva Nogueira Júnior, tinha dado autorização para o Dr. Dracon via procuração para me defender no meu nome. Gostaria de reforçar que acredito no trabalho do mesmo e reforço a necessidade que meus advogados trabalhem em parceria. O que aconteceu foi um acidente com a vítima e me sinto bem representado tanto pelo Dr. Dracon como pelo Dr. Bruno Rodrigues. Tenho certeza que resolveremos esse mal entendido. Pedi ao mesmo para não sair do meu caso. Que Deus abençoe.
Assinado: Renê da Silva Nogueira Júnior
25 de agosto de 2025”
Carta escrita por Renê Júnior na cadeia
Advogado de Renê Júnior não sabe se seguirá no caso
Em entrevista à Itatiaia, Dracon Cavalcante contou como procedeu após ser descontituído da defesa de Renê Júnior.
“Eu fui surpreendido hoje, na hora que eu abri os processos, às 9h da manhã, no escritório, e vi que eu tinha sido tirado, desconstituído, do processo do Renê. De imediato, eu peguei meu carro e fui até a cidade de Caeté, conversar com o Renê. Ele falou para mim que, como ele é carioca, e o outro advogado, o Bruno Rodrigues, também é, ele resolveu assinar a procuração, mas não me destituindo. Ele pediu para esse Bruno, esse advogado, entrar em contato comigo para a gente trabalhar junto”, relatou Dracon.
Segundo o advogado, ele pediu para que Renê, então, escrevesse a carta.
“Eu pedi ao Renê para colocar isso no papel para mim. Ele colocou e eu vou juntar essa carta agora no processo. Ele vai se encontrar com esse advogado nessa semana, vão decidir se eu vou ficar ou se não vou”, continuou.
‘Não prometo nada que não possa cumprir’
Porém, ainda que Renê e Bruno Rodrigues decidam pela permanência de Dracon no caso, o defensor não sabe se aceitará.
“O Renê, segundo ele, quer que eu continue, e eu vou decidir se eu vou aceitar ou não. Porque aqui não é Rio de Janeiro, aqui é Belo Horizonte, Minas Gerais. Aqui a gente é companheiro, todo mundo aqui é bem tranquilo. Se tiver de fazer alguma coisa aqui, vai ser assim. Eu não preciso oferecer nada para o meu cliente que eu não possa fazer.
Eu ofereci para ele trabalhar no processo, para ele ter a pena que tiver de ter, entendeu? E eu não prometo nada que eu não possa cumprir. Espero que eles resolvam lá. Ao me convidarem novamente, vou analisar se vou entrar ou não”, finalizou ele.
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