A Polícia Civil (PC) segue trabalhando intensamente nos últimos dias para coletar provas técnicas sobre a
Segundo fontes da Itatiaia, vários alibis e versões de Renê já estão sendo quebradas pela investigação. Além disso, foi informado que já existe uma prova técnica que seria irrefutável. Porém, a polícia ainda não pode divulgá-la para não atrapalhar o processo investigativo.
Tempo entre o crime e a chegada no trabalho
Há uma polêmica sobre o tempo que Renê Júnior teria levado para chegar da cena do crime até a empresa onde estava fazendo teste como representante comercial, em Betim.
Segundo nossas fontes, ele saiu da cena do crime por volta de 9h07 da manhã, chegando na empresa por volta de 9h37, um tempo considerado factível pela distância e fluxo do trânsito no dia e momento do trajeto.
Também estão sendo estudadas imagens do suspeito após chegar ao local de trabalho, visando uma análise comportamental do homem durante o período em que ele ficou no local.
Outro ponto importante é o fato da Justiça ter concedido a quebra do sigilo telefônico e do GPS do carro de Renê, após pedido da PC. Com isso, será possível rastrear todos os passos do suspeito.
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Advogado que assiste a acusação detalhou caso
Em conversa com a Itatiaia, o advogado Tiago Lenoir, que está atuando na assistência da acusação, deu mais detalhes sobre os últimos passos do caso.
“Então, agora à noite (quinta-feira, 14), a juíza, sumariante do 1º Tribunal do Júri, doutora Ana Carolina Lopes de Souza, deferiu a quebra de dados junto à empresa BYD do Brasil e à operadora Claro. Ela solicitou as informações oriundas do sistema de rastreamento referentes ao dia 11 de agosto de 2025, o dia dos fatos, no período compreendido entre 7h e 16h. Ela inclui as rotas percorridas, os comandos de voz, a velocidade empreendida, os registros de chamadas e demais dados telemáticos constantes no sistema deste veículo que foi utilizado para o cometimento do crime”, revelou Lenoir.
O advogado disse ainda que foi solicitado o bloqueio de bens e valores do investigado e de pessoas envolvidas direta ou indiretamente no crime.
“Meu escritório também solicitou o bloqueio de bens e valores do investigado e de todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente nesse crime bárbaro. Também chamamos atenção para um outro fato gravíssimo. Foi registrada uma ocorrência de um policial penal que ontem (quarta-feira, 13) teria sido caluniado e ameaçado por esse indivíduo dentro do presídio, o que demonstra o quanto ele é frio, meticuloso e o quanto ele desrespeita as autoridades de segurança pública”, finalizou o advogado.
Renê nega ter matado Laudemir
Consta no Boletim de Ocorrência que, ao ser questionado sobre a participação no crime, Renê negou a autoria. “Ao ser indagado, respondeu que não participou do episódio”, cita o BO. Além disso, o suspeito relatou que o carro que dirigia no momento do crime estava no nome de sua esposa. Foi realizada uma vistoria no veículo, mas nada de ilícito foi encontrado.
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O crime
Segundo testemunhas, a situação teria começado quando Renê Júnior se irritou com o fato do caminhão de lixo, que estava em serviço, estar ocupando parte da rua e atrapalhando sua passagem.
A situação irritou o empresário, que teria iniciado ameaças aos profissionais, começando com a motorista do caminhão. O dono da empresa terceirizada da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) onde Laudemir trabalhava contou à Itatiaia que o suspeito colocou um revólver no rosto da mulher antes de disparar contra o gari, que deixa uma filha.
“A motorista disse que a rua é larga, que ela encostou o caminhão um pouco e pediu para o rapaz, que estava em um BYD grande, passar. Só que ele já tirou o revólver, colocou na cara dela e falou que, se ela encostasse no carro dele, iria matar todo mundo”, contou o dono, que não será identificado.
Os garis pediram “pelo amor de Deus” para que o condutor não atirasse, mas não adiantou. “O carro já tinha passado. Aí ele saiu do carro, deu um tiro e acertou o abdômen desse gari. Ele foi socorrido para o hospital Santa Rita, mas faleceu. Agora é tentar, através de imagens de câmeras, localizar a pessoa. Coisa bárbara. A gente nunca viu uma situação dessas. Muito triste”, lamentou.