A Itatiaia teve acesso à ficha criminal de Renê da Silva Nogueira Júnior,
Na ficha, consta que Renê era morador da cidade de Belfort Roxo, na Baixada Fluminense, e que seu grau de escolaridade era de 2° grau completo.
Nela, há duas ocorrências em que Renê foi o autor. A primeira, ocorrida em 2003, trata-se de
Ela, mãe do único filho do empresário carioca, declarou que o relacionamento durou mais de três anos, mas que o casal chegou a terminar (mas morando na mesma casa) por um ano e meio devido a diversas discussões. No dia da ocorrência, durante uma briga, Renê teria desferido uma vassourada no braço direito e outra na perna direita da mulher, além de empurrá-la.
O boletim de ocorrência informa que a discussão começou quando o casal decidiu se separar, mas houve impasse sobre quem deixaria a residência, que, segundo o documento, pertencia aos pais de Renê.
Ainda conforme o registro, o empresário afirmou que a ex não aceitava a separação e que, diante disso, a discussão começou. No depoimento, ele admitiu as agressões, alegando “perda de controle emocional” e dizendo que elas “só aconteceram após a vítima tentar usar o filho do casal”.
O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Belford Roxo e a investigação encaminhada à Justiça.
Histórico criminal de Renê da Silva Nogueira Júnior
Acidente de trânsito
A segunda ocorrência, datada de 2011, cita um acidente de trânsito que terminou com a morte de uma diarista de 46 anos. O atropelamento, ocorrido no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Na ocasião, Renê pilotava uma Honda CBR do ano de 2010, moto de alta cilindrada.
Ambas as ocorrências foram concluídas e encaminhadas ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Agressão em São Paulo
Renê também responde a outro inquérito de violência doméstica em São Paulo. Ele teria chegado a quebrar o pé de uma ex-companheira, dentre outras agressões. Outros detalhes não foram divulgados.
Renê também aparece como vítima
Na ficha, há duas ocorrências que têm Renê como vítima. Uma do crime de perseguição e outra do de extorsão. Ambas estão datadas de 2024. Não foram apresentados outros detalhes.
Advogado pediu bloqueio de bens de suspeito e de delegada
Tiago Lenoir revelou, ainda, que
“Ontem mesmo eu entrei com o pedido de bloqueio de todos os bens, tanto do Renê, quanto da delegada Ana. Para que todas as pessoas que direta ou indiretamente sejam responsabilizadas por isso, eles reparem os danos materiais, morais e respondam criminalmente por tudo isso. Cada um na medida da sua culpabilidade”, revelou Lenoir.
O advogado explicou o que busca com o pedido.
“Isso é uma questão de tutela antecipada. O Código de Processo Civil, o Código de Processo Penal, prevê essa tutela antecipada. Eu não estou falando que a delegada é culpada de absolutamente nada. Por incrível que pareça, eu não posso nem falar que esse indivíduo é culpado. Ele tem todo o direito de defesa, do contraditório, e é ao final que ele será considerado culpado. Por enquanto há indícios suficientes de autoria e materialidade.
A tutela antecipada é pra garantir que eventualmente o patrimônio deles não seja dilapidado (deterioração intencional ou negligente de bens) e isso daí repare o mínimo. O máximo não tem como, que é incomensurável o retorno de uma vida, agora é o mínimo para essa família”, explicou Tiago Lenoir.
BLOQUEIO DE BENS | Em entrevista exclusiva para a Itatiaia, o advogado, que está atuando na defesa da família do gari Laudemir de Souza, afirmou que já realizou pedido de bloqueio de bens de Renê da Silva - suspeito de assassinato do trabalhador - e também da esposa dele a… pic.twitter.com/5f9LTEkVNE
— Itatiaia (@itatiaia) August 15, 2025
Gari morto em BH: arma usada no crime é de delegada da PC
A arma usada no assassinato do gari Laudemir de Souza era da
“De acordo com os exames periciais realizados, a arma de fogo utilizada no homicídio, ocorrido na última segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, que vitimou um homem, de 44 anos, está registrada em nome da servidora da instituição. Trata-se de uma arma de fogo particular”, diz comunicado.
Renê está preso desde a segunda-feira (11). Ele foi detido
Já a delegada é
Justiça quebra sigilo e PC terá acesso a rotas de carro e ligações de celular
A Justiça de Minas Gerais determinou a
Um dos pontos apurados envolve o tempo de deslocamento do suspeito entre a cena do crime e o local onde realizava testes como representante comercial, em Betim. Conforme as apurações, ele teria deixado o bairro Vista Alegre por volta das 9h07,
A polícia também analisa imagens registradas logo após a chegada de Renê ao trabalho, observando seu comportamento durante o período em que permaneceu na empresa.
“Essas quebras de sigilo telemático, telefônico, vão alicerçar todas as informações que já existem no processo”, garantiu Tiago Lenoir, em entrevista ao Itatiaia Patrulha.
O crime
Segundo o dono da empresa terceirizada que presta serviço à Prefeitura de Belo Horizonte, o suspeito ameaçou a motorista do caminhão de coleta, apontando um revólver para o rosto dela antes de disparar contra o gari. Ele afirmou que a rua era larga e que a motorista havia encostado o caminhão para permitir a passagem do carro do atirador, um BYD de grande porte.
Mesmo assim, o homem teria feito a ameaça de matar todos caso o veículo fosse encostado no dele.
Os garis tentaram convencer o agressor a não atirar, mas, após o carro passar, ele teria descido, atirado e atingido o abdômen de Laudemir. O trabalhador foi levado para o Hospital Santa Rita, mas morreu pouco depois.