Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, apontado preliminarmente como o
Primeiro, perguntado sobre o tratamento recebido no Ceresp Gameleira, onde estava preso —
“(A situação) Está boa. Só teve uma situação ontem que foi um pouco constrangedora, se quiser eu tenho o nome da pessoa, que pediu para eu agachar três vezes quando eu saí da cela. Tinha alguns agentes juntos que começaram a falar: ‘Você marcou o gari por quê?’ ‘Por que você fez isso?’ ‘Covarde’. Só que eu falei ‘Cara primeiro vocês tem que entender que tem uma investigação em curso’”, reclamou o detento.
Renê Júnior revelou, ainda, uma ameaça, citando o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco.
“O nome dessa pessoa eu li. Foi na tarde de ontem (12). E eu inclusive falei para ele: ‘Eu conheço o (Rogério) Greco e vou falar com ele depois que eu sair daqui, por causa disso’”, disse o homem.
Dormindo no chão
Perguntado onde havia dormido na noite anterior, Renê foi categórico: “No chão”. A cela onde ficou, inicialmente projetada para receber dois detentos, tinha outros quatro. Sendo assim, como era o novato, ficou sem colchão.
Renê nega ter matado Laudemir
Consta, também, no Boletim de Ocorrência que, ao ser questionado sobre a participação no crime, Renê negou a autoria. “Ao ser indagado, respondeu que não participou do episódio”, cita o BO. Além disso, o suspeito relatou que o carro que dirigia no momento do crime estava no nome de sua esposa. Foi realizada uma vistoria no veículo, mas nada de ilícito foi encontrado.
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O crime
Segundo testemunhas, a situação teria começado quando Renê Júnior se irritou com o fato do caminhão de lixo, que estava em serviço, estar ocupando parte da rua e atrapalhando sua passagem.
A situação irritou o empresário, que teria iniciado ameaças aos profissionais, começando com a motorista do caminhão. O dono da empresa terceirizada da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) onde Laudemir trabalhava contou à Itatiaia que o suspeito colocou um revólver no rosto da mulher antes de disparar contra o gari, que deixa uma filha.
“A motorista disse que a rua é larga, que ela encostou o caminhão um pouco e pediu para o rapaz, que estava em um BYD grande, passar. Só que ele já tirou o revólver, colocou na cara dela e falou que, se ela encostasse no carro dele, iria matar todo mundo”, contou o dono, que não será identificado.
Os garis pediram “pelo amor de Deus” para que o condutor não atirasse, mas não adiantou. “O carro já tinha passado. Aí ele saiu do carro, deu um tiro e acertou o abdômen desse gari. Ele foi socorrido para o hospital Santa Rita, mas faleceu. Agora é tentar, através de imagens de câmeras, localizar a pessoa. Coisa bárbara. A gente nunca viu uma situação dessas. Muito triste”, lamentou.