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Câmara de BH: veja os principais projetos aprovados pelos vereadores em 2024

A Itatiaia separou alguns dos projetos que receberam o voto positivo dos vereadores e foram sancionados — ou aguardam a sanção — do prefeito Fuad Noman

Projeto que estende Auxílio Belo Horizonte avança na Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMHB) registrou discussões intensas sobre projetos de lei propostos tanto pelos vereadores, quanto pelo Poder Executivo. Apesar do foco dos parlamentares voltados para a disputa municipal, temas como a revisão do Plano Diretor e os empréstimos para a prefeitura de BH movimentaram o parlamento municipal.

Ao todo, no biênio entre 2023 e 2024, em que a Câmara foi presidida pelo vereador Gabriel Azevedo (MDB), foram 269 projetos aprovados em Plenário.

Com a troca de legislatura em janeiro, os parlamentares, especialmente neste fim de ano, fizeram uma “força-tarefa” para a votação de alguns projetos.

Veja abaixo os principais temas votados na CMBH este ano:

PL 893/2024

O PL 893/2024, de autoria do executivo, foi aprovado em agosto por unanimidade entre os vereadores.

O texto institui a Política Municipal do Cuidado (PMC), estabelecendo o cuidado como uma responsabilidade pública e social. “A proposta parte do reconhecimento da indispensabilidade de inovação das políticas públicas, de modo que atendam às demandas sociais decorrentes das mudanças demográficas, sendo orientada pelo conjunto de princípios e diretrizes do Marco Conceituai da Política Nacional de Cuidados do Brasil, formulado no âmbito do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Nesses termos, o projeto prevê a consolidação de ações com vistas ao bem-estar e à integração social dos destinatários e dos responsáveis por atividades de cuidado, reconhecendo a sua importância como mecanismo de reprodução e sustentabilidade da vida, da força de trabalho e da economia”, escreveu o prefeito Fuad na justificativa do projeto.

O PL foi sancionado em setembro pelo executivo.

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PL 841/2024

Os vereadores aprovaram em segundo turno o texto, de Irlan Melo (Republicanos), que proíbe que pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha sejam nomeadas para qualquer cargo público efetivo ou em comissão na administração direta, ou indireta do município até cumprirem a pena.

Foram 35 votos favoráveis e nenhum contrário.

O texto recebeu emendas que estende a decisão para criminosos condenados pelos crimes de:

  • estupro;
  • violação sexual mediante fraude;
  • importunação sexual;
  • assédio sexual;
  • registro não autorizado da intimidade sexual;
  • estupro de vulnerável;
  • corrupção de menores;
  • satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente;
  • favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança, ou adolescente, ou de vulnerável;
  • divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia;
  • mediação para servir a lascívia de outrem;
  • favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual;
  • casa de prostituição e rufianismo;
  • promoção de migração ilegal;
  • ato obsceno;
  • escrito ou objeto obsceno.

O PL está aguardando a sanção ou veto da prefeitura.

PL 551/2023

A CMBH aprovou, por unanimidade, em segundo turno, o projeto de lei 551/2023, que pretende transformar imóveis desocupados no Centro de BH em moradias populares. O texto, de Fuad Noman (PSD), trata sobre o retrofit', termo bastante usado nas eleições municipais deste ano.

O projeto foi aprovado em setembro e sancionado pelo executivo em dezembro.

PL 857/24

Também proposto pela prefeitura, o projeto altera o Plano Diretor de BH para liberar a atividade comercial espaços situados em Áreas de Diretrizes Especiais (ADEs) como Belvedere, Pampulha e Santa Tereza.

O projeto, proposto pelo executivo, ainda não foi sancionado pelo prefeito.

PL 903/2024

O projeto aprovado pela CMBH em segundo turno autoriza a prefeitura a contratar crédito de até 50 milhões de euros, equivalente a mais de R$ 300 milhões, com a Agência Francesa de Desenvolvimento.

Como o texto recebeu emendas, alguns pontos ainda precisam ser alterados antes da versão final ser encaminhada ao prefeito Fuad.

Mesmo aprovado, o projeto foi questionado por alguns parlamentares de oposição, como o vereador Bráulio Lara (Novo), Fernanda Altoé (Novo) e Marcela Trópia (Novo), que argumentaram que a PBH não precisava pegar empréstimo, mas sim, fazer uma melhor gestão do dinheiro público.

PL 901/2024

Outro projeto que autoria a prefeitura a pegar dinheiro emprestado foi aprovado em segundo turno no dia 5 de dezembro. O PL 901/2024 foi aprovado com 33 favoráveis e apenas três votos contrários. O texto prevê um empréstimo de até R$ 1,09 bilhão com a Caixa Econômica Federal ou outras instituições financeiras.

O texto recebeu emendas e está em redação final, antes de ser aprovado pelo prefeito Fuad Noman.

PL 935/2024

Um terceiro projeto que autoriza a PBH a pegar dinheiro foi aprovado pelos vereadores. O PL 935/2024 permite a contratação de operações de crédito externo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ou outra instituição financeira no valor de U$ 204 milhões.

PL 911/2024

O projeto de lei do vereador Wanderley Porto (PRD), apelidado de PL da “Times Square”, autoriza a instalação de painéis de led publicitários de até 40 metros na Praça Sete.

Foram 30 votos favoráveis e 10 contrários.

Com o texto aprovado, os painéis serão instalados em prédios localizados entre as avenidas Amazonas e Afonso Pena, nos cruzamentos com as ruas Rio de Janeiro e Carijós.

PL 794/2023

O projeto 721/2023, de autoria da vereadora Professora Marli (PP), altera a lei 11.416/2022, que institui a Lei Municipal de Inclusão da Pessoa Com Deficiência e da Pessoa com Mobilidade Reduzida, e garante que concurso público municipais disponibilizem editais acessíveis a todos os candidatos. Os documentos devem ter leiaute e conteúdo em formato voltado para pessoas com deficiência visual e também auditiva.

PL 673/2023

A partir deste ano, o transporte de animais domésticos também ficou autorizado nos ônibus municipais na capital. De autoria do vereador Miltinho CGE (PDT), o PL 673/2023 também foi sancionada neste ano. O texto permite que cada passageiro faça transporte de apenas um animal por viagem, seja ele um cão, gato ou outro animal doméstico, desde que eles tenham até 12 quilos.

O prefeito Fuad vetou o artigo que permitia o transporte de dois animais por passageiro.

Para o transporte ocorrer, ele deve ser em um recipiente adequado, como uma caixa de fibra de vidro ou material similar, resiste e a prova de vazamento. O transporte é proibido em caixas de papelão ou solto (com exceção para cão guia).

O tutor do animal precisa pagar a tarifa do ônibus pela utilização do assento para o pet e é necessário apresentar ao motorista, no momento do embarque, o certificado de vacina emitido por um médico veterinário registrado no Conselho Regional de Medicina (CRMV).


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