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Saiba quando os militares condenados com Bolsonaro serão julgados pelo STM

Ex-presidente e aliados do alto escalão das Forças Armadas podem ser julgados também no Superior Tribunal Militar

A sede do Superior Tribunal Militar, em Brasília

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, o ex-governante e seus aliados militares ainda podem enfrentar mais um processo em outra área da Justiça.

Ao final do julgamento da ação penal, na noite de quinta-feira (11), o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, determinou que após o trânsito em julgado da condenação – ou seja, quando não couber mais recursos – o Superior Tribunal Militar (STM) seja comunicado da decisão da 1ª Turma do STF para adoção das providências cabíveis no âmbito militar.

Conforme mostrou a Itatiaia, a Constituição Federal estabelece em seu artigo 142, parágrafo 3º, incisos VI e VII, que um oficial condenado e com trânsito em julgado à pena de prisão superior a 2 anos poderá ser julgado indigno ou incompatível para o oficialato.

Para que isso ocorra, o Ministério Público Militar precisa acionar o STM, que se considerar ao final que os oficiais condenados são indignos para seus cargos, determinará a perda de posto e patente – ou seja, a expulsão da respectiva Força.

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Um dos afetados pela regra é o próprio Bolsonaro, capitão reformado do Exército, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Além do ex-presidente, também podem ser processados na Justiça Militar:

O único a escapar de uma punição pelas Forças Armadas, é o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro. Por ter fechado um acordo de delação premiada, o militar foi condenado a apenas 2 anos de prisão, em regime aberto, o que impede um julgamento no STM.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.