Após desacordo entre vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte, em sessão na manhã desta sexta-feira (19), a votação definitiva do Legislativo sobre o ingresso de Belo Horizonte no Consórcio Intermunicipal (Comgranbel) ficou para semana que vem.
Na abertura da reunião extraordinária, o vereador Dr. Bruno Pedralva (PT) pediu a inversão da pauta para dar preferência à votação de outro projeto, que iria fazer correções no plano de carreira dos agentes de saúde, promovendo reajuste salarial.
Entretanto, o vereador Bruno Miranda (PDT), líder de governo, pediu que ordem do dia fosse mantida. O posicionamento de Miranda foi acatado pelos colegas em plenário.
Neste momento, parlamentares que articularam o reajuste dos agentes temiam que a discussão do consórcio acabasse adiando a votação relacionada ao reajuste. Deste modo, defenderam no plenário que houvesse a inversão da pauta.
Pedralva chegou a se exaltar, e com isso, o líder de governo sugeriu a suspensão da reunião por alguns minutos para discutirem como deveria ser a pauta do dia.
Após uma reunião de poucos minutos, o vereador Bruno Miranda anunciou acordo para adiar a votação, e colocar a decisão do Comgranbel na pauta de outra reunião extraordinária, prevista para segunda-feira (22).
Além disso, há previsão que aconteça hoje uma reunião entre vereadores e prefeitura para acertarem pontos no projeto de lei.
Consórcio é questionado por parlamentares
A ideia do consórcio é enviada pela Prefeitura de Belo Horizonte à Câmara, e pede a inclusão da cidade no grupo. O consórcio reúne municípios da Região Metropolitana de BH, como Capim Branco, Felixlândia, Vespasiano, Florestal, Itaguara, Raposos e São José da Lapa, e prevê a gestão associada de serviços públicos regionalizados, compartilhamento de equipamentos, pessoal técnico, procedimentos de licitação e de concurso público para admissão de pessoal.
A bancada do PT e PSOL na Câmara tem questionado a inclusão de Belo Horizonte neste consórcio. O líder da bancada, Pedro Patrus (PT), tem questionado a ideia desde o início da tramitação do projeto, afirmando que a Comgranbel é alvo de diversos questionamentos e denúncias em outas cidades, e acredita que a capital não tenha tantos benefícios ao aderir o consórcio. Parlamentares também questionam qual o impacto financeiro do consórcio.