As conversas da Prefeitura de Contagem com o governo de Minas Gerais sobre o traçado do Rodoanel Metropolitano, que eram um embargo até agora, avançaram após uma reunião entre a prefeita da cidade, Marília Campos (PT), representantes do Palácio Tiradentes e a equipe da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) nesta quinta-feira (18).
De acordo com a gestora, houve, em parte, alterações no traçado do Rodoanel que trariam menos impacto para o município. Marília pontuou, entretanto, que Contagem continuará lutando para que a nova via não corte a cidade, como previa o projeto original. As ações impetradas na Justiça sobre o Rodoanel não serão retiradas por ora.
“Contagem reconhece a necessidade de que se tenha um Rodoanel para que a gente não conviva com o que acontece hoje no Anel Rodoviário, que são acidentes, mortes, um trânsito pesado”, pontuou Marília.
Outra questão ponderada pela petista é que a cidade mantém a posição de que o ideal é que o traçado do Rodoanel contorne Contagem e não passe dentro do município.
“A gente vai continuar lutando para que esse traçado, de fato, seja modificado em função do impacto ambiental, porque corta a área de Várzea das Flores, em função do impacto urbano, porque corta bairros e, portanto, segmenta a cidade e traz esse trânsito pesado de todo o país para o Rodoanel que corta a cidade, numa região que é que é densamente povoada”, defendeu.
Contagem ainda vai fazer um estudo do traçado atualizado e a prefeita se comprometeu a apresentar alterações que possam diminuir o impacto do atual desenho do Rodoanel. “Caso ele permaneça, a gente vai apresentar as propostas para tentar diminuir o impacto”, afirmou Marília.
O secretário de Infraestrutura de Romeu Zema (Novo), Pedro Bruno, classificou a reunião com a Prefeitura de Contagem como “muito produtiva” e disse que as partes avançaram em um ponto fundamental para a implementação do Rodoanel.
“A gente pode destacar os ganhos logísticos que esse empreendimento vai trazer, fortalecendo a economia, mas destaquei sobretudo o impacto em segurança e fluidez no trânsito. Estamos falando de retirar todos os dias milhares de caminhões do tráfego urbano de Belo Horizonte, Contagem e Betim e dos outros municípios vizinhos, o que significa na prática menos acidentes, menos congestionamentos e mais qualidade de vida para a população”, disse.