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Logo na manhã desta quarta, o bloco de oposição na Assembleia começou a reunir assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias. No âmbito federal, a deputada Duda Salabert (PDT-MG) protocolou um requerimento para a criação de uma CPI na Câmara.
A investigação da PF abrange mais de quarenta empresas que atuam na distribuição de propinas e reúne uma rede de pessoas com atuações financeiras e políticas para viabilizar atividades minerárias em
Entre as ações investigadas estão o pagamento de propinas a órgãos que atuam na fiscalização e a distribuição de licenças ambientais, como a Agência Nacional de Mineração (ANM); a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam); o Instituto Estadual de Florestas (IEF); e o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
O inquérito também aponta a atuação de
CPIs em diferentes instâncias
Na Assembleia, a iniciativa de abertura da CPI partiu das oposicionistas Lohanna França (PV) e Bella Gonçalves (PSOL). São necessárias 26 assinaturas para que a comissão seja instaurada.
Além da solicitação da criação de uma CPI, Bella Gonçalves anunciou que enviou um convite à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG) para que a titular da pasta, Marília Carvalho de Melo, compareça à Assembleia para prestar esclarecimentos sobre as denúncias reunidas pela PF.
Em Brasília, Duda Salabert defende a abertura da CPI na Câmara dos Deputados por entender que o esquema revelado pela PF aponta um tipo de atuação criminosa que não se limita a Minas Gerais. De acordo com a parlamentar, outras operações já indicaram cenários semelhantes na região da floresta amazônica e no Centro-Oeste brasileiro.
Entenda a operação
Na manhã desta quarta-feira, a operação Rejeito da Polícia Federal cumpriu 79 mandados de busca e apreensão e 22 mandados de prisão preventiva. A investigação foi realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal.
A investigação da PF aponta Gilberto Carvalho e
Alan Cavalcante do Nascimento é apontado como o líder do grupo, responsável pelas decisões estratégicas e pelas movimentações financeiras.
No núcleo financeiro estão também Felipe Lombardi Martins - conhecido como ‘homem da mala’ - e Jamis Prado de Oliveira Junior. A operação ainda expediu mandados contra autoridades como
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