Zema garante que privatização da Copasa não vai resultar em alta nas tarifas

Governador afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que o processo de desestatização da empresa em Minas Gerais será feito da maneira “certa”

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, em entrevista à CNN Brasil, na noite desta quinta-feira (18), que a privatização da Copasa, aprovada pela Assembleia Legislativa nessa quarta-feira (17), não acarretará em alta nas tarifas para os serviços de saneamento básico. O chefe do Palácio Tiradentes afirmou que o valor só será corrigido pelos índices da inflação.

“Vamos estipular multas pesadíssimas caso a empresa não cumpra o contrato. Aqui em Minas nós queremos que o novo controlador da Copasa universalize o saneamento básico para todos os mineiros sem aumentar as tarifas, que será corrigida apenas pelos índices da inflação. O estado de Minas, que é o maior acionista da Copasa, não tem os milhões para colocar na Copasa para acelerar os investimentos necessários”, pontua.

Em defesa da desestatização da companhia, Zema citou o serviço de telefonia no Brasil, privatizado no início da década de 2000, como exemplo. “Era um monopólio estatal, sem opção de escolha, com serviço caríssimo. Hoje a pessoa tem todo o direito de aderir ao plano que acha melhor. Tivemos privatizações que não foram feitas da maneira adequada. Não será o caso da Copasa”, destacou.

PL da Dosimetria

Na conversa, Zema ainda falou da aprovação do PL da Dosimetria no Senado Federal e disse ser favorável à medida. “Já tivemos uma anistia para assassinos, sequestradores, assaltantes. E agora não vamos dar anistia para quem perto disso muito pouco fez? Precisamos é de olhar para o futuro. Estou confiante que as penas serão reduzidas, e a Justiça será feita”, avaliou.

Campanha à Presidência

Zema garantiu que manterá sua pré-campanha para a Presidência da República mesmo com a entrada de Flávio Bolsonaro, indicado pelo pai para concorrer ao cargo, no jogo. Questionado se poderia concorrer ao Senado ou ser vice de algum outro candidato, Zema disse não ter perfil de parlamentar e garantiu ter compromisso com a candidatura.

“Tenho esse compromisso, estou confiante que a direita ganhará as eleições de 2026 e gente competente é sempre bem vinda”, pontua. Ele ainda não descartou a possibilidade de assumir um ministério caso algum candidato da direita vença o pleito no ano que vem. “Se eu ganhar tenho certeza que os colegas terão o seu lugar e tenho certeza que se eles ganharem eu estarei contribuindo”, pontuou.

CPMI do INSS

Sobre sua convocação para prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Zema disse parecer “uma piada” e nega que tenha alguma vez dirigido a Financeira Zema, empresa de sua família da qual é sócio minoritário. “Quem me acompanha sabe que estou há 8 anos envolvido em política. Vou causar constrangimento no Congresso. A financeira Zema faz uma série de operações, dentre elas o empréstimo consignado e não tem nada de errado, não tem nada a temer. É mais uma vez uma perseguição política, já que não encontraram nada no meu governo e estão procurando cabelo em casca de ovo”, argumentou.

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