O ex-deputado João Alberto Paixão Lages (MDB) foi alvo de
João Alberto foi deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na legislatura 2015 até 2019. Ele não conseguiu se eleger na eleição de 2014, mas assumiu o cargo de deputado por ser suplente da coligação.
Segundo a PF, o ex-deputado se juntou a outros integrantes da organização criminosa para conseguir a liberação de projetos ambientais “mediante pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos dos mais diversos órgãos ambientais, incluindo o IPHAN, ANM e SEMAD”.
“Criaram uma robusta e complexa rede de empresas S/A destinada a legitimar práticas delituosas, omitindo os verdadeiros responsáveis; dissimular a origem ilícita dos bens advindos das práticas delituosas (lavagem de capitais), bem como dificultar o rastreamento dos valores relacionados à corrupção”, diz a PF.
Entre 2004 e 2006, João Alberto Lages foi secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru). Em 2007 ele assumiu o cargo de diretor-presidente da Ceasa Minas. No período de 2008 a 2013, atuou como presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen)
Ameaças à secretaria de Meio Ambiente
Em março do ano passado, João Alberto foi indiciado pela Polícia Civil por supostas ameaças à secretaria de Meio Ambiente, Marília de Carvalho.
Os investigadores concluíram que Lages tentou coagir a chefe da pasta do Meio Ambiente para acelerar o processo de tramitação de um pedido de licenciamento ambiental da Fleurs Global Mineração LTDA. A mineradora opera na região da Serra do Curral, na divisa entre os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima e Sabará e chegou a ter as atividades suspensas no ano passado.
As ameaças teriam acontecido em 23 de dezembro de 2023, quando Lages enviou um áudio do seu próprio número à secretária, com xingamentos como: “secretária de merda nenhuma” e mandando-a parar com “bandidagem” e de “tentar extorquir a Global”, referindo-se a Fleurs. A mineradora é uma das associadas da AMF.
O contexto das mensagens era a realização de uma audiência pública, etapa necessária para a concessão de licenciamento ambiental, que havia sido marcada para dezembro daquele ano, mas que foi adiada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A audiência foi realizada no dia 7 de fevereiro deste ano.
A reportagem da Itatiaia tentou contato com o ex-parlamentar, assim que houver retorno o posicionamento de João Alberto será incluído nesta matéria.