O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, ventilado como possível candidato a algum cargo eletivo nas eleições do ano que vem, afirmou não gostar de fazer inimigos, o que seria uma consequência de entrar na política. Entretanto, Roscoe segue afirmando que estuda possível filiação ou candidatura na próxima eleição.
Na manhã desta quinta-feira (18), Flávio Roscoe almoçou com jornalistas para fazer o balanço da indústria mineira ao longo do ano. Com mandato na FIEMG até o final de 2026, o futuro do presidente ainda é indefinido.
Questionado por jornalistas sobre uma candidatura no ano que vem, o presidente disse que ao entrar em um partido, ou em uma disputa eleitoral, acaba-se criando inimigos, o que não seria sua intenção. Mas disse também que não costuma fugir de nenhum possível embate.
Além disso, disse que considera o ambiente político desanimador, por haver penalidades para quem “fala a verdade”.
“Nós precisamos de homens públicos. Então, esse ambiente me desanima, mas ao mesmo tempo, deveria ser um motor. Mas a penalidade de quem fala a verdade é muito grande. Infelizmente, tem hora que eu chego à conclusão de que o povo quer ser enganado mesmo”, lamentou.
“Ele quer alguém que anestesiem, fale um negocinho, dê uma coisa aqui, e ele fica anestesiado ali. Por que isso acontece? Porque falta educação. Se a gente tivesse educação, isso não ia acontecer. Então, tem vários prós e contras aí. Estou pensando. É uma possibilidade? É. Mas vai ser muito bem estudado. Se eu puder contribuir, vou tentar contribuir”, destacou.
Roscoe prepara sucessão na FIEMG
Enquanto Flávio não define sua ocupação após deixar a presidência da FIEMG, ele já anuncia apoio ao empresário Guilherme Abrantes, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), como possível sucessor à frente da federação. A gestão do próximo presidente se inicia em 2027.