O senador mineiro
Carlos Viana (Podemos) se juntou à campanha,
encabeçada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que pede o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Alexandre de Moraes.
Nas redes sociais, Nikolas parabenizou Viana por “externar publicamente” apoio à campanha no Senado Federal. Para conseguir retirar um dos integrantes do Supremo, é necessário o aval de dois terços dos parlamentares — ou seja, 54 votos.
Um site criado para “monitorar” quem é a favor da saída do ministro aponta que 34 senadores votariam “sim” pelo impeachment de Moraes. Outros 19 são contrários.
O ministro do STF é alvo de diversas críticas por parte de eleitores e apoiadores do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), incluindo Nikolas.
Moraes é relator das ações penais relativas à
suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas
eleições de 2022. O ex-presidente e aliados são réus nos processos.
Além dos bolsonaristas, Moraes também é alvo de críticas de
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. O republicano, que anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegou uma suposta “caça às bruxas” do sistema judiciário brasileiro contra Bolsonaro e determinou a
aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro.
Viana integrou uma comitiva de senadores que viajou aos Estados Unidos nesta semana para tentar negociar, de forma paralela ao governo brasileiro. O grupo, no entanto, não obteve sucesso nas conversas com empresários norte-americanos.
Nas redes sociais, Viana afirmou que votaria a favor do
impeachment de Moraes caso o processo chegasse ao plenário, mas reconheceu a dificuldade de avançar com o tema no Congresso.
O presidente do Senado,
Davi Alcolumbre (União Brasil), embora não tenha citado diretamente o nome do ministro, publicou uma nota após as sanções da Casa Branca contra Moraes, afirmando que o Congresso brasileiro não aceitará interferências externas na atuação dos Três Poderes. “Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional — o que é inegociável”, escreveu.