Projeto que amplia atuação da agência e cria ‘nova Arsae’ avança na Assembleia

Texto enviado pelo governador Romeu Zema foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e será agora apreciado na Comissão de Administração Pública

O deputado Doutor Jean Freire (PT) — de costas — conversa com Doorgal Andrada (PRD) durante debate do PL 4.552/2025 na CCJ da Assembleia

O Projeto de Lei (PL) 4.552/2025, que trata sobre a reformulação da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), foi aprovado nesta quarta-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (ALMG). Esta é a primeira etapa da tramitação do texto enviado pelo governador Romeu Zema (Novo) à Casa e integra o pacote de medidas relativas à privatização da Copasa.

O parecer distribuído em avulso na terça-feira (25) pelo relator Doorgal Andrada (PRD) foi aprovado e o projeto agora deve ser apreciado nas comissões de Administração Pública (APU) e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) antes de ser votado em plenário no primeiro turno.

O parecer aprovado na CCJ determina que a nova Arsae tenha autonomia e que seus integrantes tenham poder de polícia. A agência terá ainda seu campo de atuação ampliado para a regulação dos serviços oferecidos na distribuição de energia elétrica e de gás canalizado no estado em parceria com autarquias federais como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) .

Um dos efeitos do PL 4.552/2025, caso aprovado, é também trocar o nome do órgão para Agência Reguladora de Saneamento e Energia de Minas Gerais. O texto é resultado do desmembramento do PL 3.739/25, que tramita na Casa e versa sobre a criação de quatro blocos regionais para gestão de saneamento básico e 26 para gestão de resíduos sólidos.

O governo Zema classifica as alterações na Arsae como medidas necessárias para a adequação do estado ao Marco Legal do Saneamento Básico, instituído pelo governo federal em 2020. A justificativa é a mesma usada para a privatização da Copasa, formalmente apontada pela estatal e pelo Executivo como uma forma de promover a universalização do saneamento em Minas.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.

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