Em atrito com o governo, Motta e Alcolumbre faltam à sanção da isenção do IR

Presidentes da Câmara e do Senado romperam com líderes governistas no Congresso

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (esq.), da República, Lula (cen.), e do Senado, Davi Alcolumbre (dir.)

Com relações estremecidas com o governo, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiram não comparecer à sanção do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

A assinatura da nova norma pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será realizada em uma cerimônia no Palácio do Planalto.

O desgaste com Motta começou após o presidente da Câmara indicar o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei Antifacção enviado pelo governo. Isso porque o parlamentar paulista é secretário de Segurança Pública do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), opositor de Lula e potencial candidato contra o petista em 2026.

A escolha e o texto final aprovado pela Casa foram criticados por integrantes do governo e resultou no rompimento de Motta com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.

Já no Senado, a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) mexeu nas relações da gestão petista com Alcolumbre.

O presidente da Casa defendia que Lula indicasse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Corte. Como sequência, o parlamentar amapaense rompeu com o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), considerando que o petista influenciou diretamente a escolha por Messias.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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