O PT de Minas Gerais segue sem definição sobre qual caminho adotará na disputa pelo governo do estado em 2026 e trabalha em três frentes simultâneas: ainda mantém a expectativa de que o presidente do Senado,
Na última terça-feira (25), deputados e membros do partido se reuniram em Brasília, no segundo encontro promovido para discutir os rumos da eleição em Minas Gerais. Após o encontro, a presidente do PT mineiro, deputada estadual Leninha, afirmou que o momento é de “muitas mudanças em curso” e que nenhuma porta está fechada. Segundo ela, o partido busca “ampliar o diálogo” antes de bater o martelo sobre a candidatura majoritária.
“Não perdemos a esperança. É a última que morre. A gente respeita a decisão do Pacheco, vamos acatar, mas não estamos fechando a porta”, disse a deputada, ao comentar a expectativa de que o senador possa reconsiderar a saída da vida pública.
A esperança, no entanto, depende de um cenário conturbado: para avançar na tentativa de disputar o governo de Minas, Pacheco teria que deixar o PSD, que já filiou o vice-governador Mateus Simões - candidato com apoio de Zema (Novo) para sucedê-lo no governo mineiro.
Com todas os impasses colocados e a incerteza a respeito da decisão da Executiva Nacional, o PT espera definir qual deverá ser o palanque do presidente Lula em Minas Gerais somente no ano que vem.
Marília Campos para o Senado é o ponto mais avançado
Entre os movimentos internos, o que já conta com maior consenso é a construção da pré-candidatura da prefeita de Contagem, Marília Campos, ao Senado. O nome dela foi apresentado em reunião com a bancada federal, convocada para discutir o cenário majoritário.
“Aproveitamos a presença da Marília para dialogar. Houve um convite da bancada federal e do PT para essa apresentação. É algo que avançou naturalmente, até porque ela mesma já manifestou publicamente esse desejo”, afirmou Leninha.
Conversas com Margarida e com partidos da centro-esquerda
A reunião também discutiu a ideia da prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, poder integrar uma chapa em 2026 – seja como candidata ao governo ou como vice.
Apesar dos caminhos avaliados, antes de bater o martelo sobre o futuro eleitoral, o partido ainda quer abrir conversas com PDT, MDB e PSB para buscar uma aliança de centro-esquerda. Segundo fontes do PT, o foco não é impor um nome petista para o governo, mas sim, apoiar uma pessoa de centro-esquerda.