Alcolumbre e Motta não vão a cerimônia em que Lula sancionou ampliação da isenção do IR

Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados foram convidados, mas estiveram em outras agendas durante o evento organizado pelo Palácio do Planalto

Hugo Motta (esq.) e Davi Alcolumbre (dir.) presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na manhã desta quarta-feira (26) a ampliação da isenção do imposto de renda (IR) para brasileiros que recebem até R$ 5 mil mensais. A cerimônia para assinatura da lei tratada como o principal feito da atual gestão do petista no Palácio no Planalto não contou com a presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

A medida é oriunda do Projeto de Lei (PL) 1.087/2025 enviada pelo Planalto ao Congresso em março e aprovada por unanimidade tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal em outubro e novembro, respectivamente. Mesmo com apoio amplo das casas, seus presidentes não compareceram ao evento.

As ausências indicam o estremecimento da relação entre os poderes após um período de calmaria marcado pela própria votação da ampliação da faixa de isenção do imposto de renda. No Congresso, o texto assinado por Lula ainda estendeu os benefícios com redução do percentual de cobrança do imposto para quem recebe até R$ 7.350 mensais.

Na Câmara, as relações com Motta ficaram abaladas após a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do PL Antifacção. A decisão gerou atrito com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ) e com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Já no Senado, o contato entre Lula e Alcolumbre ficou prejudicado após a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Casa Alta do Congresso apoiava abertamente o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o cargo.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.

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