O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta segunda-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir ainda nesta semana com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para falar sobre a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Embora o favorito para substituir Luís Roberto Barroso na Corte seja o advogado-geral da União, Jorge Messias, Pacheco conta com o apoio dos senadores, inclusive do próprio Alcolumbre, de quem é um aliado próximo.
Lula, no entanto, já declarou que sua intenção é que o parlamentar mineiro seja candidato ao governo de Minas Gerais em 2026.
Questionado sobre o cenário, Wagner minimizou a pressão em torno da escolha por um dos dois nomes.
“Essa coisa [indicação], o que existe é torcida. Até o momento que o presidente mande a sua indicação, é razoável essa torcida pelo nome que cada um prefere. Depois que ele mandar o nome, seja ele qual for, aí, na minha opinião, as pessoas acolhem uma demanda do presidente. Sempre foi assim. Mas ele quer conversar com o Rodrigo”, declarou o petista.
Segundo o líder do Governo, a votação mais apertada no plenário do Senado para reconduzir o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo não demonstra que uma eventual indicação de Messias enfrentará resistência.
“A eleição do Gonet, havia um grupo forte de oposição a ele pelo fato dele ter feito a denúncia ao ex-presidente da República [Jair Bolsonaro]. Era óbvio que eles iam puxar. Depois, ele deu uma declaração recente que a prerrogativa de apresentar a denúncia é do Ministério Público, alguns tomaram como se fosse uma afronta ao Parlamento. No caso do Messias, eu não vejo ele arestado por nenhum segmento ali dentro do Senado”, avaliou.