O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afastou qualquer possibilidade de avanço na pauta da anistia e afirmou que o Congresso deve concentrar esforços em “trabalhar pelo Brasil” nas últimas semanas do ano legislativo. Após participar de uma cerimônia no Palácio do Planalto, Randolfe disse que a prioridade é concluir a pauta econômica, aprovar o Orçamento de 2026 e consolidar os indicadores positivos apresentados pelo governo.
“Eu acho que eles têm que se preocupar em trabalhar pelo Brasil. Tem tanta coisa que nós precisamos cuidar. Amanhã tem sessão do Congresso com temas importantes. A gente tem que virar a página e começar a cuidar do Brasil”, afirmou. Segundo ele, não há qualquer ambiente político para avançar com propostas de anistia. “Eu não vejo chance alguma de tratar um tema que não seja importante para o Brasil neste momento.”
Governo tenta acordo final sobre licenciamento ambiental
Randolfe também comentou a expectativa para a votação do
“Acordo sempre é bom. Nós perseguimos sempre, até a última hora, até o último minuto. Vamos continuar perseguindo a necessidade de um acordo. Mas, se não conseguirmos, vamos defender os votos do presidente sobre isso”, disse.
Indicação de Jorge Messias e clima de tensão entre os Poderes
Questionado sobre o impasse envolvendo a indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), Randolfe minimizou a tensão entre Executivo e Legislativo. Disse que o diálogo entre o presidente Lula (PT) e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, é inevitável e deve ocorrer antes de qualquer definição de data para a sabatina.
“O mais importante é que o presidente da República conversará com o presidente Davi Alcolumbre. Não tem possibilidade dessa conversa não ocorrer”, afirmou. Ele evitou prever prazos, mas garantiu que a articulação política está em andamento. “Antes da data, certamente a mensagem chegará. Não sei o momento exato, mas essa conversa ocorrerá.”
O líder reforçou que, apesar das turbulências dos últimos dias, a prioridade do governo é fechar o ano com avanços econômicos, como a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e as projeções de crescimento em torno de 3% para 2026. “O que interessa é o Brasil. Tem que trabalhar, pegar no serviço e se preocupar com a agenda do país”, concluiu.