A ex-deputada 
Em 2022, no entanto, 
Longe do mandato parlamentar, a ex-deputada atuou na diretoria da ONG Nossas, uma instituição não governamental voltada à 
O retorno à linha de frente da política também marca a 
A crítica feita por ela em 2025 — de que os partidos políticos são “esse lugar de destroçar mulheres” — ainda prevalece. Em conversa com a Itatiaia, a ex-deputada admitiu, no entanto, que “isso tem mudado”, embora “a onda, a ressaca contrária” a esse movimento continue forte. “Os partidos têm feito campanhas para que as mulheres se filiem, para que elas sejam candidatas, mas isso também para cumprir e, ou pelo menos, fingir que se adequam à legislação eleitoral. Não é porque estão comprometidos efetivamente com a justiça de gênero, com o enfrentamento à violência machista”, pondera.
A tentativa de se eleger ao Senado, para Áurea, também representa participar de um novo momento político. Ela relembra que, em 2018, quando foi eleita para a Câmara Federal, o cenário era de “resistência” para o campo progressista — o Brasil havia acabado de eleger o 
A situação, no entanto, parece mais promissora para 2026 — movimento que, segundo ela, deve começar especialmente com a campanha de reeleição do presidente Lula. “O Legislativo definitivamente precisa ser recuperado como um espaço de credibilidade, de defesa da Constituição, de discussão de matérias para melhorar as condições de vida da população brasileira — o que a gente raramente vê acontecer com um Congresso que joga contra”, afirmou.
Neste ano, a ex-deputada foi presença constante em eventos políticos e manifestações populares. Ela esteve na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) durante a 
Palanque em Minas
Nos bastidores, além da reeleição de Lula, é articulada também a ampliação da bancada progressista mineira, tanto no Congresso quanto na Assembleia Legislativa (ALMG).
A preferência de Áurea pelo Senado, que terá duas cadeiras em disputa pelo estado no ano que vem, é considerada estratégica. “Poderia me candidatar, por exemplo, a deputada federal e teria um recall eleitoral que facilitaria muito a conquista de um cargo, mas esse não é meu foco neste momento. Meu foco é ajudar a construir mais amplamente esse processo de fortalecimento democrático em Minas Gerais, com as forças do campo progressista”, explicou.
De acordo com ela, outras candidaturas serão “bem-vindas” ao debate, e a “dobradinha” é um dos formatos possíveis. “A gente ainda não tem uma definição, por exemplo, sobre a candidatura que vai ser palanque para o Lula em Minas e quais seriam os nomes em torno. Estou com muita disponibilidade para dialogar amplamente com partidos e parlamentares.”
Até o momento, as siglas progressistas em Minas aguardam uma definição de Brasília sobre a disputa pelo Palácio Tiradentes. Cotado para uma vaga no STF, o senador 
A decisão, que poderá definir os rumos do xadrez político tanto para o Congresso quanto para a Assembleia, deve ocorrer até o fim deste ano. “São construções, intenções que estão colocadas, e acho importante que isso já esteja disponível para o debate público, para que a população comece a conhecer quais são as alternativas que irão disputar o jogo no próximo ano”, disse Áurea.
Para o próximo ano, além da própria candidatura, a ex-deputada almeja uma maior representatividade feminina no Senado. No último pleito, em 2022, apenas quatro mulheres foram eleitas senadoras entre os 27 nomes escolhidos para a Casa Alta: 
Entre os nomes citados por ela estão a deputada federal 
 
                 
 
 
