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STF mantém direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff, alvo de impeachment

Tribunal encerrou na sexta-feira à noite o julgamento da ação que pedia a cassação dos direitos políticos de Dilma Rousseff após o impeachment em agosto de 2016

Ex-presidente Dilma Rousseff

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), alvo de impeachment sofrido há sete anos. A Corte julgava em plenário virtual desde sexta-feira passada (15) o mandado de segurança impetrado pelo antigo Partido Social Liberal (PSL), que elegeu Jair Bolsonaro (PL) na penúltima eleição presidencial, pela cassação dos direitos políticos da petista.

O julgamento foi encerrado nessa sexta-feira (22) à noite pelo placar de 10 votos favoráveis à manutenção dos direitos políticos e nenhum contrário; apenas o ministro Luís Roberto Barroso não apresentou parecer na sessão online. Assim, foram contrários à ação do PSL:

  • Relatora Rosa Weber;

  • Cármen Lúcia;

  • Edson Fachin;

  • Dias Toffoli;

  • Cristiano Zanin;

  • Luiz Fux;

  • Nunes Marques;

  • Alexandre de Moraes;

  • André Mendonça;

  • Gilmar Mendes;

Os três últimos ministros — Moraes, Mendonça e Mendes — seguiram o voto da relatora, mas acrescentaram ressalvas. O ministro Alexandre de Moraes citou em seu parecer que partidos políticos não podem impetrar mandados de segurança coletivos no Supremo Tribunal Federal; invalidando, assim, a própria ação do PSL.

Ação do PSL no STF

A ação movida pelo Partido Social Liberal (PSL) no Supremo Tribunal Federal (STF) questionava o rito do impeachment de Dilma Rousseff determinado pelo ministro Ricardo Lewandowski à época do afastamento da petista da presidência da República. Na ocasião, o ministro do STF decidiu dividir o processo em duas votações:

  • A primeira para afastar Dilma Rousseff do cargo político;

  • A segunda para inabilitá-la para o exercício da função pública, ou seja, cassar os direitos políticos da petista;

O partido reivindicava que a perda do mandato não poderia ser dissociada da cassação dos direitos políticos, mantidos por decisão do Senado Federal à época da votação.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.