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Haddad rebate críticas à taxação de bets: ‘Só é injusta para pessoas desinformadas’

Ministro da Fazenda afirmou que parlamentares já o procuraram para discutir alternativa a texto do governo derrotado na última semana

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (cen.), durante audiência no Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (14) a taxação do que o governo passou a chamar de BBB, ou seja, bancos, bilionários e bets. No Senado, ele rebateu as críticas à Medida Provisória (MP) que estabelecia uma tributação maior sobre esses setores, que perdeu a validade sem ser votada, por decisão da Câmara dos Deputados.

“Já recebi de vários parlamentares acenos no sentido de corrigir o que aconteceu, vamos buscar alternativas ao que aconteceu, porque, de fato, a chamada taxação dos BBBs só é injusta na cabeça de pessoas desinformadas sobre o que está acontecendo no Brasil”, declarou o petista em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos para debater a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.

Haddad destacou que uma alternativa deve começar a ser discutida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir desta quarta-feira (15).

Com potencial de garantir uma arrecadação de R$ 17 bilhões ao governo em 2026, a MP acabava com a isenção do IR para títulos privados incentivados, como as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA) e elevava a tributação sobre bets de 12% para 18%.

“Eu vejo aqui no Senado, mas também de algumas lideranças da Câmara, agora que a poeira baixou, a compreensão de que isso vai ter efeito sobre outros processos, como dificuldade de fechar peça orçamentária, necessidade de corte em áreas prioritárias, em emendas. Isso tem efeitos. Com a volta do presidente, vamos sentar com os líderes para buscar uma solução para o orçamento do ano que vem”, disse Haddad.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.