“Figurões” e caciques partidários podem concorrer ao Senado Federal por Minas Gerais nas eleições do ano que vem. Apesar de partidos avaliarem ainda ser cedo para confirmar os nomes que estarão na disputa, ex-governadores, ministros de Estado e militantes históricos tentam se mobilizar para a corrida eleitoral.
Um dos nomes que tenta retornar ao páreo eleitoral é Aécio Neves (PSDB), que é deputado federal, e tenta se viabilizar dentro da legenda como o nome para o Senado em 2026. O tucano, que governou Minas por dois mandatos e chegou a ser o segundo mais votado na disputa presidencial contra Dilma Rousseff (PT) em 2014, amargou queda de popularidade com a ascensão do bolsonarismo e o fim da dualidade PT-PSDB, que arrefeceu junto ao seu partido.
Interlocutores do PSDB informam que ainda não é certo que Aécio dispute a cadeira no Senado, mas que a tendência atual é que o tucano seja candidato pelo partido em 2026. Ainda não foi descartada, contudo, uma possível candidatura ao governo de Minas, especialmente a reboque do recall eleitoral que o ex-governador tem no estado.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que concorreu no último pleito à Casa Legislativa, também é um dos cotados para a cadeira no Senado. Oficialmente, o ministro tem dito que está à disposição do projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais, mas a possibilidade de entrar na disputa não é descartada por Silveira, conforme fontes ligadas ao chefe da pasta de Minas e Energia informaram à Itatiaia.
Outro nome colocado para a disputa é a ex-deputada federal Áurea Carolina (sem partido), que tenta se mobilizar para a candidatura ao Senado e deve se filiar ao PSOL, seu antigo partido, nos próximos dias.
À direita, o nome do PL para a disputa em Minas ainda é alvo de disputas internas. Tentam se viabilizar tanto o presidente estadual do partido, Domingos Sávio, quanto o deputado federal Eros Biondini, o deputado estadual Cristiano Caporezzo e o vereador de Belo Horizonte Vile Santos. Marco Antônio, o “Superman”, também quer tentar se eleger senador pelo partido.
Vereadores de BH podem ‘pular’ para a Câmara dos Deputados
Na esteira das conversas a respeito do Senado, a disputa pela Câmara dos Deputados pode contar com vereadores recém eleitos em Belo Horizonte. Tanto no PL, de Jair Bolsonaro, quanto no PT, de Lula, há nomes cotados para o cargo, como o afilhado político de Nikolas Ferreira (PL), Pablo Almeida (PL), e o sobrinho-neto de Dilma Rousseff, Pedro Rousseff (PT).
Oficialmente, nenhum dos dois confirma a candidatura. Rousseff pontua que está à disposição do presidente Lula para as eleições do ano que vem, mas não garante que será candidato. “Minha missão ano que vem é ser um soldado do Presidente Lula. Precisamos para além de dar a vitória para ele em Minas, (temos que) aumentar nossa bancada federal para ajudar ele a governar”, afirma.
Já Pablo Almeida, sustenta que “é uma possibilidade” disputar as eleições em 2026, mas pondera que, no momento, está focado em seu mandato como vereador da capital mineira. “Eu também faço parte de um grupo político ao qual dependo para tomada de qualquer decisão. Dentro desse contexto, o que o líder do meu grupo, o deputado Nikolas Ferreira orientar, eu seguirei”, finaliza.