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Ex-deputada Áurea Carolina pode voltar a concorrer em 2026 pelo PSOL

Para a Itatiaia, a ex-parlamentar, que já foi a mulher mais votada em Minas Gerais, afirmou que o retorno é “uma possibilidade a ser construída”

Áurea Carolina também foi vereadora em Belo Horizonte

A ex-deputada federal Áurea Carolina pode estar retornando à vida política em breve. A Itatiaia apurou que uma possível candidatura a uma cadeira na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa nas eleições de 2026 não está totalmente descartada.

Natural de Tucuruí, no Pará, Áurea é formada em Ciências Sociais e mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua trajetória como parlamentar começou em 2016, quando foi eleita vereadora em Belo Horizonte — sendo, na época, a vereadora mais votada da capital mineira, com 17.420 votos.

Em 2018, disputou e se elegeu deputada federal, sendo a mulher mais votada em Minas Gerais. Apesar do sucesso nos dois pleitos, Áurea optou por não concorrer em 2022.

À reportagem, Áurea afirmou que irá falar sobre o assunto em breve, mas que seu retorno à política é “uma possibilidade a ser construída em diálogo com parceiros da sociedade civil e partidos do campo progressista”.

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Em entrevista à Folha de S.Paulo, em março de 2025, a ex-deputada chegou a dizer que os partidos políticos são lugares de “destroçar mulheres”. “A disputa interna é muito violenta, e falo de todos os espectros. As mulheres têm dificuldade de se estabelecer como lideranças”, afirmou.

As dificuldades nas articulações internas já haviam sido criticadas por ela anteriormente, em relato publicado na revista Piauí, em 2023. No texto, Áurea relatava que a decisão de não tentar a reeleição como deputada veio após a derrota em 2020, quando disputou a prefeitura de Belo Horizonte, mas terminou em quarto lugar.

Atualmente, a ex-deputada atua como diretora do coletivo NOSSAS, organização que trabalha no fortalecimento da democracia no Brasil e na defesa da justiça climática, racial e de gênero.

À Itatiaia, Áurea Carolina ainda disse que o Senado é “lugar de mulher” e que ficaria contente em ver mais lideranças femininas progressistas sendo eleitas senadoras, “para contrapropor investidas autoritárias contra a democracia”.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.