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Em 2024, o governo de São Paulo concluiu o
Em 2025, o
Em entrevista ao
De acordo com o parlamentar, reclamações de regiões inteiras que ficam sem água são frequentes e, após a privatização, o contato com a empresa para solucionar os problemas de abastecimento ficou mais difícil. “As pessoas não conseguem sequer falar com a Sabesp ou obter uma resposta satisfatória sobre quando a água será religada. Isso quando a água não está saindo contaminada — amarela, marrom — e em outras situações absurdas que nós vemos”, explicou.
Para Cortez, quando ocorre a venda de estatais para instituições privadas, como no caso da Sabesp e possivelmente da Copasa, as empresas “deixam de ter o objetivo de atender ao interesse público e passam a priorizar o interesse privado de obter lucro para seus acionistas”.
Ao contrário de Minas, em São Paulo a privatização da estatal não dependia de consulta popular. Mesmo assim, antes da venda, uma pesquisa da Quaest apontou que 52% dos eleitores paulistas eram contrários à privatização da Sabesp, enquanto 36% eram favoráveis. O levantamento ouviu 1.656 pessoas com 16 anos ou mais.
Em Minas Gerais, pesquisa Itatiaia/Ver divulgada em 9 de outubro mostrou que
Apesar da aparente reprovação popular, o vice-governador Mateus Simões (PSD) afirmou que a medida não é antidemocrática e defendeu que o referendo foi criado para “embaralhar a tomada de decisão”.
Deputados da oposição, por outro lado, avaliam que a urgência na retirada do referendo é uma manobra do governo para evitar uma derrota política em relação à Copasa, já que acreditam que, em uma consulta popular, a maioria da população rejeitaria a privatização da estatal.
Desde que foi privatizada, a Sabesp viu seu lucro quase dobrar, enquanto as reclamações sobre cobranças indevidas também dispararam. O número de funcionários foi reduzido e, em agosto, a empresa voltou a ser alvo de críticas após ser multada em mais de R$ 23 milhões por um vazamento de esgoto no Rio Pinheiros, em São Paulo.
Com a aprovação do fim do referendo, a Copasa fica mais próxima da privatização. A proposta, que recebeu 52 votos a favor e 18 contrários, ainda precisa passar por uma segunda votação no Plenário para ser aprovada de forma definitiva.
A intenção do governo Zema é utilizar os recursos provenientes da federalização ou da venda da Copasa para abater parte da dívida de Minas com a União, estimada em R$ 173,8 bilhões.