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No STF, Moraes diz que anistia não se aplica a crimes que atentem contra a democracia

Após a conclusão dos votos de todos os cinco integrantes da Primeira Turma do Supremo, os ministros avaliam agora a pena dos condenados pela trama golpista

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em fala após a conclusão dos votos de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o relator do processo que julga o chamado “núcleo crucial da trama golpista”, Alexandre de Moraes, voltou a afirmar que não cabe anistia para acusados e condenados pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.

Moraes, ao avaliar a pena de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que, no caso do militar — e em casos gerais —, “não cabe indulto pelo presidente, não cabe anistia pelo Congresso Nacional e nem perdão judiciário pelo Poder Judiciário em crimes contra a democracia, contra o Estado Democrático de Direito e que atentem contra as cláusulas da Constituição”, disse.

No Congresso Nacional, parlamentares aliados do ex-presidente e integrantes da oposição ao governo Lula (PT) tentam viabilizar a tramitação do Projeto de Lei (PL) da anistia para os mais de mil condenados pelos crimes julgados pelo Supremo.

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Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma formou maioria para condenar Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista armada para impedir a troca de poder após a derrota do ex-presidente nas urnas.

Cármen Lúcia e Cristiano Zanin se uniram a Alexandre de Moraes e Flávio Dino, formando os votos necessários para a condenação de Mauro Cid, Almir Garnier, Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto.

O único a divergir foi o ministro Luiz Fux, que concluiu seu voto após mais de 13 horas de leitura na quarta-feira (10), pedindo a condenação parcial apenas de Mauro Cid e Braga Netto.

Durante os votos dos ministros, o tema da anistia, em discussão no Congresso, também foi citado. Presidente da Primeira Turma, Zanin afirmou que a responsabilização adequada dos agentes que atuaram pela ruptura institucional é um elemento “fundamental para a pacificação nacional e a consolidação do Estado Democrático de Direito”.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.
Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio