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Julgamento de Bolsonaro: Fux vota pela validação da delação de Mauro Cid

Ministro do STF entendeu que “idas e vindas” do delator durante o processo aconteceu diante do surgimento de novos fatos investigados

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus julgados pela suposta tentativa de golpe de Estado para que o acordo de delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fosse anulado.

Fux afirmou que as idas e vindas do delator durante seus depoimentos se deram em meio ao surgimento de novos fatos da investigação.

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“Me parece desproporcional a anulação da delação (de Mauro Cid). Voto para que se aplique no colaborador os benefícios propostos pela Procuradoria Geral da República”, afirmou Fux, acompanhando o voto do ministro Alexandre de Moraes.

Divergências com Moraes

Em sua primeira manifestação, em voto proferido nesta quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux afirmou que o caso da trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trata de várias pessoas sem foro privilegiado.

“Nós não estamos julgando pessoas com prerrogativas de foro. Estamos julgando pessoas sem prerrogativa de foro”, afirmou Fux.

O ministro defendeu a anulação completa do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados, acusados de tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Para Fux, o STF não tem competência para julgar o caso, já que os réus não possuem mais prerrogativa de foro privilegiado.

“Concluo pela incompetência absoluta do Supremo Tribunal Federal para o julgamento deste processo, na medida em que os denunciados já haviam perdido os cargos. Em virtude dessa incompetência, impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados”, afirmou o ministro.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.