‘Zema teve 4 anos para discutir a dívida com governo Bolsonaro e nem tentou’, diz Caporezzo

Deputado afirmou que governo Zema deveria ter aproveitado gestão Bolsonaro para discutir uma solução para dívida de Minas com a União

Deputado Caporezzo fez duras críticas ao governador Romeu Zema sobre a negociação da dívida de MG com a União

O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) considera que o governador Romeu Zema (Novo) “falhou miseravelmente” ao não liderar as negociações sobre a dívida de Minas Gerais com a União.

Segundo ele, Zema deveria ter aproveitado o governo de Jair Bolsonaro (PL), um aliado político, para buscar alternativas para a dívida mineira.

Perguntado sobre seu posicionamento sobre a proposta de Zema sobre a privatização da Copasa, Caporezzo se disse favorável. Mas contrário ao fim do referendo popular. Na semana passada, quando o projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputada estava em Brasília, onde se reuniu com o ex-presidente Bolsonaro.

“Sou a favor da privatização, mas também defendo a consulta popular. Que as pessoas tenham o direito de decidir sobre os rumos do país. Zema teve 4 anos na gestão Bolsonaro, que era aliada, para tentar resolver o problema da dívida de MG, ele falhou miseravelmente, ele nem tentou resolver o problema. Depois veio o governo Lula e tudo ficou mais difícil. Zema queria o RRF, que seria mais danoso para o estado. Qual foi a alternativa construída pelo Legislativo? O Propag, que foi construído pelos deputados estaduais e federais e pelo Senado, não pelo Executivo”, afirmou Caporezzo.

Veja mais: Caporezzo diz que Bolsonaro pretende articular duas candidaturas ao Senado por MG

O projeto que acaba com a exigência de uma consulta popular para a privatização da Copasa foi aprovado na ALMG por 52 votos a 18. “Não existe remédio gostoso, ele é amargo. É melhor que o RRF, mas também é difícil. Não existe solução milagrosa na política”, concluiu.

Aliança para 2026

Caporezzo afirmou que caberá ao deputado federal Nikolas Ferreira decidir se será ou não candidato do PL ao governo de Minas no próximo ano. “Bolsonaro está focado no Senado Federal. Mas, a decisão para concorrer ao governo de Minas é do Nikolas. O partido respeitaria o desejo dele. A pergunta que fica é sobre qual o desejo dele”, disse.

Sobre a possibilidade do PL apoiar a candidatura do vice-governador Mateus Simões (PSD), ele diz que não existe definições no partido e que as conversas ainda precisam acontecer.

“Quem está falando que tem algo decidido está se precipitando. Eu estive ao lado do presidente Bolsonaro quando ele se reuniu com Mateus Simões em visita em Minas, conversas foram realizadas, mas a decisão ainda não foi tomada. O Mateus terá que combinar com o presidente. O mesmo acontece com o Cleitinho. Ele fez uma declaração muito infeliz sobre o Eduardo Bolsonaro e se retratou. Então, se deseja o apoio do Bolsonaro, precisa buscar esse apoio”, afirmou Caporezzo.

Leia também

Jornalista, doutora em Ciência Política e pesquisadora

Ouvindo...