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Jordânia já disponibilizou segurança para retorno de comitiva ao Brasil, diz Gleisi Hoffmann a Álvaro Damião por telefone

Conversa foi neste domingo (15); comitiva de prefeitos, vice-prefeitos e outras autoridades está ‘presa’ em Tel-Aviv desde que nova ofensiva de Israel contra Irã começou

Prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião detalha como funciona bunker, em Israel.

A Ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Lula, conversou neste domingo (15) com o Prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União).

Os dois conversaram por telefone sobre as ações para retirada de prefeitos e vice-prefeitos brasileiros que estão “presos” em Tel Aviv, em Israel - entre eles o próprio Damião. Gleisi informou, segundo sua assessoria de imprensa, que o governo da Jordânia disponibilizou segurança para receber os brasileiros na froteira caso Israel autorize a viagem por terra, com segurança.

Não foram divulgados mais detalhes de como seria realizada a operação, caso seja possível. No sábado (14), Gleisi já tinha entrado em contato por telefone com o grupo para falar sobre as tratativas de retorno, que foi dificultado após o fechamento do espaço aéreo na região.

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Articulações para o retorno

Mais cedo, o Senador Carlos Viana (Podemos), que é presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, disse à Itatiaia que os prefeitos e vice-prefeitos brasileiros que estão “presos” em Tel Aviv, em Israel, devem ser levados, na manhã de segunda-feira (16), no horário local, até a fronteira com a Jordânia, onde serão recebidos pela embaixada brasileira.

“O acordo foi fechado neste domingo, e o governo de Israel se prontificou a fazer a escolta”, disse o senador à reportagem.

Segundo Viana, após a retirada das comitivas oficiais do país, o próximo passo será aproximar o Itamaraty e o Ministério das Relações Exteriores de Israel para viabilizar o retorno de outros brasileiros ao Brasil.

Críticas

Mais cedo, Viana criticou a política externa do governo do presidente Lula (PT) e a falta de proximidade entre Brasil e Israel. Para ele, a ausência de um embaixador brasileiro em território israelense dificultou o avanço das negociações.

“A dificuldade é exatamente a posição da política externa brasileira de não ter um embaixador em Israel, de não manter diálogo. As relações estão esfriadas, e isso ocorre em um momento muito ruim”, afirmou.

Ainda segundo o senador, por enquanto, é pouco provável que o Brasil consiga enviar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), embora a situação continue sendo monitorada.

No sábado, o Itamaraty informou que pediu ao Ministério das Relações Exteriores de Israel “tratamento prioritário” para a saída em segurança de delegações brasileiras que estão no país em meio à escalada do conflito com o Irã.

Entre as autoridades brasileiras que aguardam em Israel pelas tratativas estão:

  • Álvaro Damião (União Brasil), prefeito de Belo Horizonte;
  • Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa;
  • Claudia Lira (Avante), vice-prefeita de Goiânia;
  • Johnny Maycon (PL), prefeito de Nova Friburgo;
  • Nélio Aguiar, ex-prefeito de Santarém;
  • Vanderlei Pelizer (PL), vice-prefeito de Uberlândia;
  • Welberth Rezende (Cidadania), prefeito de Macaé (RJ).
Conteúdos produzidos pela redação de Brasília da Rádio Itatiaia