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Fux cita condenado pelo 8/1 para defender julgamento de Bolsonaro no plenário do STF

Ministro da Suprema Corte defendeu que STF não tem competência para julgar caso do núcleo da tentativa de golpe de Estado

Após dois votos pela condenação de Bolsonaro e outros sete réus, Fux defende que STF não tem competência para julgar o caso da tentativa de golpe de Estado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux defendeu que a Corte não é competente para realizar o julgamento do núcleo central da trama golpista. Ao abrir seu voto nesta quarta-feira (10), o magistrado recordou o primeiro condenado pelos atos de 8 de janeiro para argumentar que o caso, ao menos, deve ser levado ao plenário.

“Mesmo sem ocupar cargo com prerrogativa de foro, o réu Aécio Lúcio Costa Pereira foi julgado no plenário. Por sua competência estendida na conexão com outros réus”, disse Fux.

A argumentação do ministro é de que os réus do núcleo da pretensa tentativa de golpe de Estado não ocupam mais seus cargos e, portanto, o caso não deveria estar sendo julgado inicialmente pelo STF.

No caso de se manter o julgamento no Supremo, Fux afirma que o caso deveria ser apreciado no plenário pelos 11 ministros e não apenas pela primeira turma, como ocorre.

Como argumentação, ele recordou Aécio Lúcio Costa Pereira, o primeiro condenado pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. O ex-funcionário da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) foi julgado pelo plenário do STF.

Fux é a esperança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados na corte. Mesmo antes do voto, o ministro já dava sinais de que poderia ter uma posição menos rígida em relação aos seus companheiros de toga.

Na sessão de terça-feira (9), o relator do caso, Alexandre de Moraes votou pela condenação dos réus. O voto foi seguido por Flavio Dino. A sequência do julgamento acontece na manhã desta quarta com o voto do ministro Luiz Fux.

Além de Bolsonaro, apontado por Moraes como o líder do núcleo, os magistrados apontaram culpa de Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio