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A prisão de Braga Netto explicada em 10 passos

Ex-ministro de Bolsonaro foi preso neste sábado (14) por tentar ter acesso à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

Ex-ministro de Bolsonaro foi preso neste sábado (14)

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da defesa de Jair Bolsonaro (PL) e candidato à vice na campanha de reeleição de 2022, foi preso preventivamente no sábado, 14 de dezembro, pela Polícia Federal (PF). A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorre no âmbito das investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.

Além de Braga Netto, outras pessoas, incluindo o coronel Flávio Botelho Peregrino, também foram alvos da ação. A prisão gerou repercussão e trouxe à tona detalhes sobre as suspeitas que recaem sobre o general, os procedimentos adotados e os desdobramentos previstos no caso.

Entenda o caso em 10 passos:

1. Quem é Braga Netto?
Walter Souza Braga Netto nasceu em Belo Horizonte e ingressou no Exército aos 17 anos. Durante sua trajetória, foi chefe do Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas no Timor Leste e adido do Exército em países como Polônia, Canadá e Estados Unidos.

Ele possui os títulos de Mestre em Operações Militares e Doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares. Em 2018, assumiu o papel de interventor na segurança pública do Rio de Janeiro, no governo Michel Temer. Posteriormente, foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de reeleição de Bolsonaro em 2022.

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2. Mandados cumpridos pela Polícia Federal
A operação da Polícia Federal, autorizada pelo STF, cumpriu mandados de busca e apreensão relacionados à tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Braga Netto foi alvo da ação, assim como o coronel Flávio Botelho Peregrino, seu assessor, cuja residência em Brasília foi alvo das diligências.

3. Motivo da prisão
Braga Netto é acusado de tentar obter informações sigilosas da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República justificou que a prisão preventiva era necessária para evitar possíveis interferências nas investigações.

4. Delação de Mauro Cid
Segundo depoimento de Mauro Cid em fevereiro de 2024, Braga Netto e outros intermediários teriam contatado o pai do ex-ajudante de ordens, o general Mauro Lourena Cid, em busca de informações sobre a colaboração premiada.

5. O que é prisão preventiva?
A prisão preventiva é uma medida cautelar utilizada durante investigações ou processos criminais para garantir a ordem pública, prevenir novos crimes e impedir interferências no andamento das apurações. Essa medida é reavaliada pela Justiça a cada 90 dias, conforme determina a legislação.

6. Justificativa para a prisão
A Polícia Federal alegou que a liberdade de Braga Netto representaria risco à ordem pública, com possibilidade de ele interferir nas investigações em andamento.

7. Audiência de custódia e local de detenção
Após passar por audiência de custódia, a prisão do general foi mantida. Braga Netto ficará detido no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro.

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8. Restrições de visitas
O general só poderá receber visitas mediante autorização expressa do ministro Alexandre de Moraes, incluindo as de familiares.

9. Posicionamento da defesa
A defesa de Braga Netto declarou que não houve tentativa de obstrução às investigações. Os advogados afirmaram que tiveram acesso parcial ao inquérito e informaram que se manifestarão após análise completa dos fatos.

10. Declaração do Exército
O Exército Brasileiro informou que acompanha as diligências e está colaborando com as investigações. A instituição declarou não se manifestar sobre processos conduzidos por outros órgãos, reafirmando o respeito às instituições da República.

Com informações da CNN Brasil.


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