A retomada dos trabalhos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (28) será marcada por protestos.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos (Sindágua-MG) convocou uma reunião da categoria às 8h para decidir se os servidores da Copasa entrarão novamente em greve.
Na semana passada houve a paralisação em três dias para mobilizar os servidores em protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que derruba a
A reunião do Sindágua acontece uma hora antes da reunião da comissão especial de análise da PEC 24, marcada para as 9h na Assembleia. O grupo é formado por cinco parlamentares.
A análise na comissão especial é uma etapa necessária para liberar a PEC para a votação definitiva em plenário. Na última sexta-feira (24), o texto foi aprovado em primeiro turno por volta das 4h30 da madrugada
A derrubada do referendo faz parte da empreitada do governo Zema pela venda da Copasa. Privatizar a companhia de saneamento, bem como a Cemig, estava na pauta do Executivo Estadual desde o primeiro mandato, mas os projetos não avançaram na Assembleia. A situação se alterou neste ano, com a
O Propag permite que estados adiram ao programa, parcelem seus débitos com a União em até 30 anos e ainda reduzem os juros, hoje fixados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo mais 4% ao ano. Uma das formas de reduzir esse percentual é abatendo ao menos 20% do estoque devido e, para isso, a estratégia do governo é federalizar ou privatizar ativos estatais para conseguir recursos. A dívida de Minas é de cerca de R$ 170 bilhões.
Na última quarta-feira (22),
Policiais fazem novo protesto
O protesto dos policiais civis está marcado para as 9h30 na Praça da Assembleia, em frente ao Palácio da Inconfidência, sede do Legislativo mineiro. A manifestação pode incluir uma caminhada para outros pontos da capital, a depender da decisão das lideranças do ato.
Embora tenha sido convocado pelo Sindpol, a pauta do protesto não é específica da Polícia Civil e se estende a todos os servidores das forças de segurança do estado. Os agentes estão em pé de guerra com o governador Romeu Zema desde 2020, quando o Executivo vetou o próprio projeto de lei e não pagou
A pauta do Sindpol calcula a defasagem salarial acumulada da última década. Desde 2015 o sindicato calcula uma inflação de 74% e os reajustes salariais concedidos às forças de segurança foram de 30%. A categoria reivindica, portanto, uma recomposição de 44% em seus vencimentos.