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Sem sinal do Tesouro Nacional, governo de Minas vê risco em cronograma do Propag

O Comitê Gestor do programa em Minas irá se reunir nesta quarta-feira (16), e uma das pautas será a falta de resposta do órgão ligado ao Ministério da Fazenda

O comitê se reuniu, pela primeira vez, em junho deste ano na Cidade Administrativa.

O Comitê Gestor do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados com a União (Propag), em Minas Gerais, irá se reunir nesta quarta-feira (16).

A principal pauta do encontro será um incômodo provocado pela postura da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda, em relação aos ativos públicos que podem ser utilizados para amortizar até 20% do débito com a União.

Sem uma manifestação da STN, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não teria como iniciar as avaliações dos ativos disponibilizados pelo governo de Romeu Zema (Novo). Entre esses ativos estão empresas estatais como a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), a Cemig e a Copasa.

Conforme apurado pela Itatiaia, a STN não respondeu a nenhum dos ofícios encaminhados e também não teria dado qualquer sinalização sobre o andamento das negociações.

Prazo apertado

A pressa do governo de Minas em acelerar a negociação está diretamente relacionada ao prazo do decreto que regulamentou o Propag. O Estado tem até 31 de dezembro como data-limite para aderir ao programa. Porém, as ofertas de federalização precisam ser encaminhadas à União até o dia 30 de outubro.

A dívida de Minas com a União é de R$ 165 bilhões e, pelo Propag, o Estado poderá utilizar imóveis e estatais para abater o valor total e reduzir os juros.

O Comitê Gestor do programa em Minas foi instituído no dia 5 de junho e realizou a primeira reunião em 13 do mesmo mês, liderada pelo vice-governador Mateus Simões (Novo).

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.