Movimentos da direita mineira pregam cautela na convocação de atos de rua após a
condenação de Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão na última quinta-feira (11). Em reunião realizada logo após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), foi orientado que manifestações só aconteçam quando for determinada a transição do ex-presidente para o regime fechado.
Segundo lideranças de movimentos responsáveis pelas
manifestações bolsonaristas na capital mineira, a ideia é esperar o momento da decretação da prisão do ex-presidente para uma ação orquestrada com outras capitais.
Jair Bolsonaro foi
condenado a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e ameaça grave; e deterioração de patrimônio tombado.
Além dele, o STF julgou culpados seus aliados Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice-presidente em 2022.
Na noite de quinta, horas após a definição das penas dos réus no STF, os grupos que organizam os atos tradicionalmente realizados na Praça da Liberdade convocaram uma reunião na região da Pampulha.
Jair Bolsonaro está em regime de prisão domiciliar
desde 4 de agosto. A medida foi tomada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que averigua a atuação do deputado federal e filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, para
articular medidas contra autoridades brasileiras.