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Bolsonaro pode ser preso em cela comum? Entenda o que acontece após condenação do STF

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal

Bolsonaro pode ser preso em cela comum? Entenda o que acontece após condenação do STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. A decisão foi anunciada pelos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11).

Bolsonaro foi condenado, por 4 votos a 1, pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Os outros sete aliados do ex-presidente também foram condenados pelos mesmos cinco crimes. Confira a lista de todos os julgados no fim desta matéria.

Caso seja determinada a prisão dos réus após apresentados os embargos de declaração, nenhum deles deve ficar em celas comuns.

Oficiais do Exército têm direito à prisão especial, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). O “núcleo 1” tem cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal (PF), que também podem ser beneficiados pela restrição.

Bolsonaro pode ser preso ainda hoje?

A decisão não será aplicada automaticamente. A justificativa é que os réus ainda podem recorrer e tentar reverter as condenações. Nesse caso, o recurso seria na própria Primeira Turma.

A partir da publicação do acórdão com a decisão final, as defesas poderão apresentar os chamados embargos de declaração, recurso cujo objetivo é esclarecer omissões e contradições no texto final do julgamento.

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Após análise do recurso, Alexandre de Moraes, ministro relator do processo, poderá determinar o início do cumprimento das penas.

Os réus não terão direito de levar o caso para o plenário do STF, pois precisariam ao menos de dois votos pela absolvição, o que não aconteceu.

Quem está sendo julgado?

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

* Com informações de Agência Brasil

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.