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Haddad: ‘Decisão dos EUA de tarifar Brasil foi política e economicamente errada’

Ministro afirmou que, em maio, disse ao secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que era a 1ª vez que via uma região deficitária na relação com os EUA ser tributada

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Estados Unidos começam a reconhecer que a decisão de sobretaxar o Brasil foi equivocada.

Haddad participou nesta terça-feira (23) do Congresso de Direito Tributário do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), na companhia do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

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Haddad afirmou que, em maio, disse ao secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que era a primeira vez que via uma região deficitária na relação com os EUA (a América do Sul) ser tributada, em meio às primeiras tarifas anunciadas pelo governo americano, de 10%.

“Dois meses depois, alguém deu a brilhante ideia de ele Donald Trump tarifar em mais 40% os produtos brasileiros, e agora eles os americanos estão escolhendo os frutos dessa decisão, pagando caro o café, pagando caro a carne, pagando caro os produtos brasileiros”, afirmou.

“Começaram a excepcionalizar a decisão que tomaram, porque foi uma decisão não só politicamente errada, mas também economicamente errada. Foi uma decisão que não para em pé", criticou.

O auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda fez referência ao encontro que o petista teve hoje em Nova York com o presidente Trump, por ocasião da sessão de abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

“Agora, o companheiro Trump parece que gostou do companheiro Lula, teve uma química, e vai começar a conversar, e falar de coisas que realmente importam, que é integração econômica, investimentos mútuos, parcerias”, completou.

Haddad ainda disse que a reforma tributária veio “em boa hora”, antes do tarifaço de Trump. “Como que por premonição de que alguma coisa muito ruim podia acontecer, e aconteceu”, disse.

Segundo ele, o Brasil está em condições de enfrentar os novos desafios globais e sentar à mesa com qualquer grande player internacional, e citou “excelentes relações” com a Ásia, a proximidade de um “grande acordo” com a União Europeia e o Mercosul e a retomada do diálogo com os países da África.

“Nós estávamos em discussão pra alinhar investimentos estratégicos no campo da transformação ecológica entre o Brasil e os Estados Unidos, isso infelizmente tem que ser resgatado porque foi interrompido, mas quero crer que as iniciativas brasileiras vão aproximar os dois países”, finalizou.

Com informações de Estadão Conteúdo

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