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Oposição recorre após Câmara barrar Eduardo Bolsonaro na liderança da minoria

Presidente da Casa, Hugo Motta, alegou motivo técnico para vetar a indicação; oposição diz que decisão fere prerrogativa das bancadas

Deputado licenciado Eduardo Bolsonaro foi indicado a líder da minoria do PL, mas Câmara rejeitou o nome dele para o cargo

A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de rejeitar a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da minoria gerou reação imediata da oposição, que anunciou nesta terça-feira (23) a apresentação de um recurso.

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O nome de Eduardo havia sido oficializado como estratégia para evitar que o deputado perdesse o mandato por faltas. Como ele está morando nos Estados Unidos e ausente das sessões presenciais, dessa forma poderia ser beneficiado por um ato da Mesa Diretora de 2015, que concede a líderes partidários justificativa automática em votações e deliberações.

Com a negativa de Motta, registrada no Diário Oficial, esse plano acabou frustrado. O presidente da Câmara justificou que sua decisão foi “estritamente técnica”, sem abrir margem para exceções.

A medida provocou críticas. A atual líder da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), lembrou que a escolha de líderes é atribuição das bancadas e não do comando da Casa. Já aliados de Eduardo insinuaram que a decisão estaria relacionada às sanções impostas recentemente pelos Estados Unidos contra a companheira do ministro Alexandre de Moraes.

Aline Pessanha é jornalista, com Pós-graduação em Marketing e Comunicação Integrada pela FACHA - RJ. Possui passagem pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, como repórter de TV e de rádio, além de ter sido repórter na Inter TV, afiliada da Rede Globo.