O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) assinou um convênio com a Gerdau, nesta terça-feira (23), para oferecer cursos de qualificação para trabalhadores da construção civil para até 600 profissionais, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A parceria vai promover aulas de atualização técnica, aperfeiçoamento e segurança no trabalho.
Segundo o Mapa do Trabalho Industrial do Senai, a construção civil vai precisar de
Segundo o presidente do Sinduscon-MG, Raphael Lafetá, apesar de haver um contingente expressivo de trabalhadores na área, ainda há falta de profissionais. “Nós estamos atingindo esse ano o mesmo volume de mão de obra que tínhamos em 2014, mais de 3 milhões de trabalhadores. Mesmo assim falta”, disse.
Além do desenvolvimento das cidades,
O presidente do Sinduscon também destacou as mudanças no perfil da geração de trabalhadores, que buscam outros benefícios para além da remuneração, como horários flexíveis e home office. “É um desafio não só para a construção civil, mas para todo o mercado de trabalho. Nós precisamos pensar em como ter a relação de trabalho nos dias atuais”, completou.
Os profissionais terão aulas em canteiros de obras de empresas associadas ao sindicato, ou Centro de Formação Profissional Paulo de Tarso, do Senai, na região oeste da capital.
Parceria quer qualificar de pedreiros até engenheiros
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, também ressaltou a dificuldade de atrair e formar profissionais para a construção civil. O executivo cita problemas na qualificação de profissionais de entrada da construção e até engenheiros.
“Nosso compromisso é criar alternativas para que a gente promova soluções para problemas como esse. Essa parceria visa seguir tendo profissionais qualificados que possam atuar na construção civil, um segmento da economia muito relevante para o Brasil”, ressaltou Werneck.
O superintendente regional do Ministério do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans, ressaltou que o trabalhador jovem olha para o setor “com muita desconfiança”, citando problemas como a remuneração e as condições de trabalho, em função do número de acidentes. “A juventude olha para construção civil com um pé atrás. Essa questão é um grande desafio para nós do Ministério do Trabalho e para todos os setores da economia”, afirmou.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, José do Rosário, é preciso um trabalho de valorização para atrair novos profissionais,