Na última sexta-feira (14), o
Apesar de a tarifa geral sobre o café do Brasil ter sido reduzida de 50% para os atuais 40%, a medida “piorou” pela isenção total de tarifas concedida aos principais países concorrentes, como Colômbia, Vietnã, Costa Rica, Etiópia e Indonésia.
Para o setor cafeeiro brasileiro, que historicamente foi o principal fornecedor do maior mercado consumidor do mundo, a manutenção da alíquota representa um sério obstáculo. O diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, expressou grande preocupação com o cenário.
Segundo o diretor, a isenção de tarifas para os rivais é “muito perigosa”, pois permite que outros cafés ocupem permanentemente as famosas misturas (blends) consumidas nos EUA.
“O consumidor norte-americano passa a se adaptar com outros parâmetros sensoriais, com outras características. E essa relação comercial entre os nossos importadores e os nossos concorrentes é muito ruim, porque fica cada vez mais difícil recuperar os espaços nesses blends,” alertou Matos. Ele enfatizou que “cada dia que passa é um prejuízo enorme” e aumenta o risco de a perda de mercado se tornar irreversível.
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Apelo ao governo brasileiro
O Cecafé pede para a intervenção do Governo Brasileiro, com o objetivo de reverter o quadro. Em posicionamento oficial, Matos sugeriu que o governo utilize diferentes estratégias de negociação, com foco em uma análise “produto a produto” para os principais itens exportados aos EUA, o que possibilitaria uma negociação mais factível.
A argumentação do setor ressaltou o interesse mútuo na isenção, uma vez que os EUA não produzem café, são o maior consumidor global e o produto tem um alto valor agregado: “