O Brasil lançou a certificação
Lançada em 16 de novembro, a certificação CBC estabelece critérios técnicos rigorosos para monitorar e auditar fazendas que aplicam sistemas de intensificação sustentável, alinhados com o Plano ABC+ do governo brasileiro.
Principais técnicas sustentáveis incluem:
- Integração Lavoura-Pecuária (ILP): combinação de cultivos e pastagens na mesma área.
- Pastagens de alto desempenho: manejo que maximiza a produtividade e a saúde do pasto.
- Recuperação de pastagens degradadas.
- Manejo eficiente do solo e da água.
Essas práticas aumentam a captura de carbono no solo e na vegetação, reduzindo o impacto climático da pecuária. O objetivo é tornar o uso da terra mais eficiente, diminuindo a pressão sobre áreas de vegetação nativa.
Na prática, o selo Carne Baixo Carbono assegura ao consumidor que a carne foi produzida sob padrões ambientais e processos auditáveis, estabelecendo um novo patamar de sustentabilidade na cadeia bovina nacional.
Benefícios para produtores e liderança global
Segundo Natália Grossi, analista da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, a iniciativa acelera a adoção de tecnologias de baixo carbono e posiciona o Brasil como líder global em agricultura sustentável.
Os benefícios para os produtores vão além do reconhecimento, incluindo:
- Pastos mais produtivos e solos mais férteis.
- Valorização da carne no mercado.
- Acesso a mercados mais exigentes.
- Aumento da resiliência da fazenda frente às mudanças climáticas.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, reforçou que o selo é um “passo decisivo” para consolidar uma cadeia transparente e auditável. “Trata-se de um avanço que reforça a liderança do Brasil na agenda da agricultura sustentável,” afirmou.
A expectativa é que o Selo Carne Baixo Carbono se consolide rapidamente, contribuindo diretamente para as metas de descarbonização do Brasil no Acordo de Paris, marcando uma transição fundamental para uma pecuária de baixo impacto climático.