Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (14), uma ordem que reduz as tarifas de carne bovina, café, tomate, banana e açaí. A ordem assinada pelo presidente Donald Trump exclui as mercadorias das taxas tarifárias “recíprocas”, anunciadas em abril, de 10% no Brasil. A tarifa de 40% anunciada em agosto permanece.
Segundo o comunicado, o governo do presidente
As isenções reduzem os encargos comerciais sobre esses produtos que, de acordo com a Casa Branca, não são produzidos no território estadunidense em quantidade suficiente para atender à demanda doméstica.
No texto publicado, Trump escreve que a decisão foi tomada após considerar as informações e recomendações que foram “fornecidas por autoridades”, sem citar nomes diretamente. O republicano menciona ainda o andamento das negociações com diversos parceiros comerciais, “a demanda interna atual por certos produtos e a capacidade interna atual de produção de certos produtos”.
O documento
A ordem assinada pelo presidente exclui as mercadorias das taxas tarifárias “recíprocas”, anunciadas em abril, que começam em 10% e chegam a 50%. No entanto, a ordem não isenta totalmente as mercadorias de tarifas.
O tarifaço chegou a 50% a partir de duas ordens de Trump: a primeira em abril, quando o Brasil passou a ter uma sobretaxa de 10%, e a outra adicional de 40%, em agosto.
O Brasil é o principal fornecedor de café para os EUA. Os consumidores estadunidenses pagaram quase 20% a mais pelo café em setembro em comparação com 2024, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor.
Ao apresentar a ordem executiva de sexta-feira, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse no início desta semana que as medidas visavam produtos não cultivados nos EUA, como café e bananas.
A medida surge após os eleitores expressarem frustração com a situação da economia em pesquisas de boca de urna realizadas no início deste mês, votando em candidatos democratas em eleições fora de ano eleitoral em diversos estados.
Recentemente, o
O presidente dos EUA anunciou as tarifas contra o Brasil em agosto. O governo alegava um suposto desequilíbrio na balança comercial entre os dois países e também uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente
Após diversas tentativas do governo brasileiro, o republicano aceitou avançar nas negociações somente após encontrar Lula “por acaso” na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, na cidade de Nova York.