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Copasa: deputados têm até 2ª para indicar membros de Comissão da PEC do referendo

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira obrigatoriedade de referendo para privatizar Companhia está perto de ir a plenário

Copasa adiou a manutenção marcada inicialmente para dia 13

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), deu um prazo de cinco dias úteis, que vence na próxima segunda-feira (29), para que os deputados estaduais apontem os cinco membros que farão parte da Comissão Especial que vai analisar a PEC 24, que revoga a exigência da realização de um referendo popular para privatizar a Copasa.

A decisão foi tomada com base no Regimento Interno a partir da interpretação de que a regra aplicada às comissões permanentes também vale para a análise da Proposta de Emenda à Constituição. Se as indicações não forem feitas até o fim do prazo, a própria presidência poderá designar parlamentares para preencher as vagas remanescentes.

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A Comissão Especial dará o parecer sobre a PEC que retira da Constituição estadual a exigência de referendo popular para a privatização da Copasa.

A proposta é considerada fundamental pelo governo mineiro para avançar nas negociações da dívida com a União. A oposição, por sua vez, considera que a Copasa é uma empresa pública que gera lucro - no ano passado, por exemplo, foi de R$ 1,32 bilhão - e que a privatização da Companhia pode gerar a precarização dos serviços e o aumento da tarifa.

A ideia do governo de Minas é usar o dinheiro proveniente da privatização da Copasa para abater parte da dívida de Minas Gerais com a União em meio ao processo de entrada do estado no Propag - o Programa do Governo Federal que renegocia as dívidas estaduais. Uma das condições para adesão é abater 20% do estoque da dívida - ou R$ 34 bilhões - para reduzir os juros, com autorização do legislativo.

Outro argumento usado pelos opositores é que apenas a federalização da Codemig pode ser suficiente para alcançar este valor. Os projetos de lei que tratam da transferência da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) já foram aprovados pelos deputados e sancionados pelo governador Romeu Zema (Novo).

No entanto, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), órgão ligado ao governo federal, precisa enviar um levantamento do valor da empresa para que o governo estadual e os deputados saibam o potencial da Companhia para abater na dívida. Não há prazo para este retorno.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.