Na última terça-feira (7), 13 documentos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) foram tornados confidenciais pelos próximos 15 anos. Entre os materiais estão pareceres jurídicos; notas técnicas; uma avaliação econômica; um relatório de projeções financeiras; e informações sobre a renovação de vínculo com a
A decisão de tornar as informações indisponíveis para acesso público acontece no momento em que a
A informação sobre o sigilo imposto às informações sobre a renovação do contrato com a CBMM foi publicada pelo portal ‘O Fator’ e confirmada pela Itatiaia. Além deste, outros doze documentos estão na lista de materiais que a companhia estatal decidiu restringir o acesso.
Além de notas técnicas e pareceres jurídicos, há dois documentos cuja descrição sugere a relação com os valores de mercado da companhia. Um deles está listado como “Relatório de avaliação econômico-financeira Rotchschild & Co Brasil Ltda” e outro como “Projeções Financeiras da Codemig elaborado pela Goldman Sachs”.
Procurada pela reportagem, a Codemig informou que o sigilo foi decretado pela natureza estratégica do tema, relacionado à estratégia empresarial da companhia.
A Codemig no Propag
A Codemig é tratada como a estatal mais valiosa a ser envolvida nas
Para reduzir os juros em dois pontos percentuais, Minas quer aderir ao Propag abatendo 20% do estoque da dívida, o que simboliza R$ 34 bilhões dos R$ 170 bilhões devidos pelo estado à União. A transferência da Codemig para a o governo federal
Há entre os deputados de oposição e os nomes ligados à Presidência da Casa a expectativa de que a Codemig sozinha já atinja ou se aproxime significativamente dos 20% da dívida. Essa esperança está associada à não exigência de que mais
Na última terça-feira (7), um
Contrato com a CBMM
O contrato atual da Codemig com a CBMM vence em 2032. Em nota enviada à Itatiaia, a estatal afirmou que já iniciou estudos e conversas sobre eventual renovação da parceria, conforme ofício encaminhado em junho pelo presidente do Comitê Gestor do Propag, o vice-governador Mateus Simões (Novo), ao presidente do Conselho de Administração da companhia, Bruno Falci.
A relação entre a estatal e a empresa privada começou em 1972 quando um contrato de 30 anos de parceria foi firmado. O vínculo foi renovado por mais três décadas em 2002. As companhias dividem a exploração de duas minas de nióbio em Araxá.
Nos últimos anos, o vínculo foi alvo de uma denúncia do ex-presidente da Codemig,
O caso foi para análise do TCE-MG, que propôs uma
O último andamento da discussão no TCE aconteceu em 23 de julho, quando as duas partes foram instadas a se manifestar sobre a abertura de um processo de conciliação em até 30 dias. O processo foi consultado pela reportagem no sistema do tribunal neste sábado (11).
Um dos documentos tornados sigilosos nesta semana é descrito como: “Instrumento de formalização da demanda de oportunidade de negócio vinculada a transação com parte relacionada da nova Escritura Pública de Formalização de Parceria entre a Codemig – e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM”.