O principal investigado pelas ameaças às deputadas mineiras
Lohanna França (PV),
Bella Gonçalves (PSOL) e
Beatriz Cerqueira (PT) foi condenado, em primeira instância, pela Justiça. A sentença reconheceu a prática de
crimes cibernéticos, incluindo ameaças às parlamentares, e fixou a pena em 12 anos e nove meses de prisão, em regime fechado.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o réu — que não teve o nome divulgado — utilizava pseudônimos e técnicas de ocultação para cometer os crimes, que incluem ameaça, injúria,
denunciação caluniosa, transmissão e publicação de imagens de nudez e
conteúdo pornográfico envolvendo adolescentes, instigação à
automutilação, veiculação de símbolos
nazistas, associação criminosa e corrupção de menores.
O suspeito foi
preso preventivamente em maio de 2024, durante a Operação Di@na, deflagrada por uma força-tarefa composta pela Polícia Civil, Polícia Militar, MPMG e o Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber).
As investigações, iniciadas em agosto de 2023, revelaram ameaças planejadas e executadas por meio de fóruns e grupos conhecidos como chans, nos quais integrantes utilizavam redes sociais para incentivar e praticar violência,
pedofilia e até
necrofilia.