O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não vai mais enviar dois servidores da Corte para acompanhar as eleições na Venezuela, que acontecem no próximo domingo (28). O recuo acontece após
“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, informou a assessoria da Corte na nesta quarta-feira (24).
Presidido pela
Na terça-feira (23), Maduro afirmou, em comício, que as eleições brasileiras não são auditadas. Ele também contestou os sistemas dos Estados Unidos e da Colômbia, países que são críticos ao seu regime de governo. Temos 16 auditorias [...] Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoram. No Brasil não auditam um registro. Na Colômbia não auditam nenhum registro”, disse.
O sistema eleitoral do Brasil é auditável em todas as etapas e, inclusive, segundo o próprio Tribunal Superior Eleitoral, é possível até mesmo solicitar o Boletim de Urna, que disponibiliza:
- total de votos por partido;
- total de votos por candidata ou candidato; total de votos em branco;
- total de comparecimento em voto;
- total de votos nulos;
- identificação da seção e zona eleitoral;
- hora do encerramento da eleição;
- código interno da urna eletrônica; sequência de caracteres para validação do boletim.
Na semana passada, Maduro afirmou que a Venezuela pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja reeleito. No próximo domingo, seu principal adversário será o diplomata Edmundo González Urrutia, candidato de consenso da oposição.