A influenciadora Fabiana Justus, de 37 anos, tem compartilhado os passos do tratamento de uma leucemia mieloide aguda, desde que descobriu o diagnóstico da doença. Filha de Roberto Justus, ela revelou nesta terça-feira (23) que tem tomado mais de 40 comprimidos diferentes por dia desde que foi submetida a um transplante de medula óssea, no fim de março.
Fabiana relatou que, durante a atual visita ao hospital, onde está acompanhada da
enfermeira Simone Maciel, fez uma reposição de magnésio e realizou exames. A influenciadora também tomou soro e revelou uma “boa notícia” aos seguidores: “os exames de sangue estão ótimos! Medulinha nova está produzindo tudo bonitinho”, contou através dos stories.
Respondendo perguntas dos seguidores,
Fabiana recebeu um transplante alogênico de células-tronco em 27 de março. “O transplante alogênico (que é o que eu fiz, que as células são de outra pessoa) requer muitos remédios no pós”, detalhou ao ser questionada por uma seguidora que será submetida a um
transplante autólogo (quando as células são do próprio paciente).
“Tem os
imunossupressores para a medula nova não rejeitar ou estranhar o corpo novo. Tem protetor de fígado, corticoides, protetor gástrico, remédios para enjôo, antifúngico e antiviral (por causa da imunidade baixa), antibiótico profilático, magnésio... no total são 43 comprimidos ao dia”, relatou a influenciadora através dos stories.
Como funciona o transplante de medula óssea
O
transplante de medula óssea serve para atuar como um substituto das células-tronco do paciente em tratamento oncológico. “Submete-se o paciente a uma dose muito alta de quimioterapia ou radioterapia e, então, é necessário ter as células-tronco [de um doador ou do paciente] para que a gente possa replantar e refazer a medula óssea que foi destruída”, explicou o hematologista do Grupo Oncoclínicas e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Wellington Azevedo.
“Dependendo das fontes dessas células, o transplante pode ser considerado autólogo ou alogênico”, acrescentou o médico, que também explicou que um dos
efeitos colaterais do tratamento é a mucosite. Professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e coordenadora médica do grupo Vita Hemoterapia de Belo Horizonte, a Dra. Marcia Torresan diferenciou os tipos de tratamentos.
O que é o transplante alogênico
Considerado o mais comum quando pensamos em transplantes de medula óssea, o transplante alogênico é o que necessita de um doador. O tipo de tratamento é o mais indicado em casos de doenças hematológicas, como a
leucemia mieloide aguda, com a qual
Fabiana Justus foi diagnosticada no início deste ano.
“Nestes casos, há a necessidade de substituição da medula óssea do paciente pela medula do doador”, explicou a hematologista. A necessidade de substituição se dá porque, nestes casos, são as células sanguíneas do paciente que apresentam o câncer. Após o transplante, a fase aguardada é a
“pega” da medula, algo que
Fabiana conseguiu recentemente.
O que é o transplante autólogo
No transplante autólogo, são utilizadas as células-tronco do próprio paciente oncológico. “Para isso é necessário que o paciente receba estímulo de fator de crescimento para que a medula óssea prolifere e libere para o sangue periférico estas células-tronco, processo chamado de mobilização”, explicou a médica.
As células são coletadas através do procedimento de aférese e criopreservadas - ou seja, congeladas - para poderem ser utilizadas posteriormente. “O transplante de medula autólogo está bem indicado nos casos de linfomas”, acrescentou Torresan. O transplante também pode ser indicado em casos de mieloma múltiplo, para melhorar resposta a quimioterapia e a qualidade de vida dos pacientes.
Diagnóstico de Fabiana Justus
No dia 25 de janeiro deste ano, Fabiana revelou
ter sido diagnosticada com leucemia
mieloide aguda e falou sobre a descoberta em vídeo postado nas redes sociais. Segundo a influenciadora, ela foi hospitalizada com ‘uma dor esquisita nas costas e febre’. A partir dali, ela foi internada, passou por exames, colocou o cateter e já começou a quimioterapia.
No dia 27 de março,
Fabiana contou que conseguiu um doador 100% compatível com ela e que faria o tão esperado transplante de medula óssea. Após 13 dias, ela relatou que conseguiu a ‘pega’ e avançou no tratamento,
recebendo alta hospitalar em 16 de abril.
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