As influenciadoras Fabiana Justus e
Hematologista do Grupo Oncoclínicas e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Wellington Azevedo, explicou o que é o procedimento. “Os transplantes de medula óssea utilizam células-tronco colhidas da medula ou mobilizadas, que vão para o sangue periférico e são coletadas, para restaurar uma medula óssea destruída com quimioterapia ou radioterapia”, relatou sobre o tratamento.
Como funciona o transplante de medula óssea
O
“Dependendo das fontes dessas células, o transplante pode ser considerado autólogo ou alogênico”, acrescentou o médico, que também explicou que um dos
O que é o transplante alogênico
Considerado o mais comum quando pensamos em transplantes de medula óssea, o transplante alogênico é o que necessita de um doador. O tipo de tratamento é o mais indicado em casos de doenças hematológicas, como a
“Nestes casos, há a necessidade de substituição da medula óssea do paciente pela medula do doador”, explicou a hematologista. A necessidade de substituição se dá porque, nestes casos, são as células sanguíneas do paciente que apresentam o câncer. Após o transplante, a fase aguardada é a
O que é o transplante autólogo
No transplante autólogo, são utilizadas as células-tronco do próprio paciente oncológico. “Para isso é necessário que o paciente receba estímulo de fator de crescimento para que a medula óssea prolifere e libere para o sangue periférico estas células-tronco, processo chamado de mobilização”, explicou a médica.
As células são coletadas através do procedimento de aférese e criopreservadas - ou seja, congeladas - para poderem ser utilizadas posteriormente. “O transplante de medula autólogo está bem indicado nos casos de linfomas”, acrescentou Torresan. O transplante também pode ser indicado em casos de mieloma múltiplo, para melhorar resposta a quimioterapia e a qualidade de vida dos pacientes.
“Nos casos de linfoma, o transplante autólogo está indicado como segunda ou terceira linha de tratamento, para pacientes que não conseguiram resposta completa com o primeiro tratamento quimioterápico de escolha”, esclareceu. O caso foi relatado por Isabel Veloso, submetida a esse tipo de transplante quando ainda tratava a doença, agora considerada “incurável”.
“Casos mais refratários a tratamentos e resistentes, mesmo recebendo o transplante de medula óssea autólogo, podem, sim, apresentar recidiva da doença”, explicou a Dra. Marcia Torresan. A reaparição também pode acontecer em casos de transplante alogênico, quando a base “não foi completamente controlada” antes do procedimento, conforme relatou a médica.