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A expectativa da pasta é que o imunizante esteja disponível para a população já em 2026, conforme a capacidade produtiva do laboratório. A indicação aprovada da vacina é para pessoas na faixa etária de 12 a 59 anos de idade. De acordo com o Ministério da Saúde, o perfil pode ser ampliado no futuro, a depender de novos estudos apresentados pelo fabricante.
O novo imunizante utiliza a tecnologia de vírus vivo atenuado e apresentou uma eficácia global de 74,7% contra a dengue sintomática na população de 12 a 59 anos. Já contra as formas graves e com sinais de alarme, a vacina demonstrou 89% de proteção.
Estratégia de vacinação será definida na próxima semana
De acordo com a pasta, um comitê de especialistas e gestores do SUS se reunirá na próxima semana para definir a estratégia de vacinação e públicos que devem ser priorizados a partir dos resultados do estudo.
“A grande novidade agora é termos uma vacina 100% nacional que nos permitirá definir uma estratégia para todo o país de proteção da nossa população. Esta vacina foi desenvolvida pelo Instituto do Butantan a partir de uma parceria articulada pelo Ministério da Saúde com a empresa chinesa WuXi, fundamental para ampliar a capacidade de produção ", afirmou o ministro da Saúde Alexandre Padilha.
“Sozinho, o Butantan não teria escala para entregar grandes quantidades, mas a parceria torna isso possível, o que permite que, já no ano que vem, a vacina esteja integrada ao Programa Nacional de Imunizações”, continuou.
Cenário da dengue no Brasil
Até outubro de 2025, o Brasil registrou 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, o que representa uma queda de 75% em relação ao mesmo período de 2024.
A maior concentração da dengue ocorre em São Paulo (55%), seguido de Minas Gerais (9,8%), Paraná (6,6%), Goiás (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,2%).
Mesmo com a redução no número de casos, o Ministério da Saúde reforçou a importância do combate ao Aedes Aegypti continuar em todo o país.
Já em relação aos óbitos, até outubro somaram 1,6 mil. Houve uma redução de 72% em comparação ao mesmo período de 2024.
O número representa uma redução de 72% em comparação ao mesmo período de 2024. A maior parte das mortes concentra-se em São Paulo (64,5%), seguido por Paraná (8,3%), Goiás (5,5%), Rio Grande do Sul (3%) e Minas Gerais (8%).