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Zema não deve participar de agendas de Lula em Minas na sexta-feira (29)

A última vez que o governador e o presidente se encontraram oficialmente foi em março deste ano, durante a passagem do petista pela Grande BH

Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não deve comparecer à agenda do presidente Lula (PT) em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (29). Conforme apurado pela Itatiaia, Zema deverá cumprir compromissos no interior do estado no mesmo dia da visita presidencial à maior cidade governada pelo Partido dos Trabalhadores.

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Na Grande BH, Lula deve formalizar a doação do terreno para a construção do novo campus do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), na região do Barreiro. Ainda em Contagem, o presidente deve divulgar propostas selecionadas pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nas modalidades Mobilidade Urbana Sustentável e Renovação de Frota, além de visitar as obras da avenida Maracanã, acompanhado da prefeita Marília Campos (PT).

O antagonista

A última vez que Lula e o governador mineiro se encontraram oficialmente foi durante um evento na fábrica da Stellantis, em Betim, também na Região Metropolitana, em março deste ano.

Na cerimônia — que contou com a presença de ministros e deputados da base de Lula na Câmara Federal — Zema causou desconforto ao não poupar críticas às gestões petistas. Durante seu discurso, o governador afirmou que assumiu um estado “quebrado e desacreditado” em 2019, ao substituir Fernando Pimentel (PT).

Lula, por sua vez, respondeu às provocações elogiando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e afirmou que Zema “não se lembrava quando a economia brasileira cresceu mais de 3%”.

De olho em 2026, Zema tem intensificado as críticas ao governo federal, tanto em agendas públicas quanto nas redes sociais. Em janeiro deste ano, criticou os vetos do presidente ao Programa de Renegociação da Dívida dos Estados com a União (Propag), o que gerou uma troca de farpas com o ministro Haddad. O ministro rebateu, afirmando que o governador “aumentou o próprio salário” durante a vigência de ações de contenção de gastos destinadas ao pagamento da dívida.

Neste mês, o governador formalizou sua intenção de disputar a presidência da República no próximo ano.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.